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Farol alto

Carros "verdes", sem utopia

Carros que emitem tanta fumaça quanto um fósforo precisam de incentivos para serem rentáveis

Quando carros que não emitem poluentes se tornarão viáveis? A resposta pode cobrir planilhas infindas, mas também cabe em poucas palavras: quando forem rentáveis.

Se derem lucro, serão feitos em quantidades cada vez maiores. Funciona assim, sem utopia, do grampo de cabelo ao navio, passando por bicicletas e bonecas de louça.

E para darem lucro, os veículos "verdes" precisam atrair a maior quantidade possível de compradores. Não há ferramenta melhor para isso do que preço atraente.

Eis o problema: para custarem menos, carros que emitem tanta fumaça quanto um fósforo pedem incentivos tributários para serem rentáveis às montadoras. É fácil deduzir que a tecnologia atual encarece esses produtos. Onde havia um motor a gasolina, agora há também um gerador elétrico e seus periféricos.

Em boa parte do mundo já é assim. As empresas desenvolvem seus automóveis "verdes", os governos concedem benefícios, as pessoas compram os carros e a poluição é reduzida.

No Brasil, o primeiro passo foi dado, mas um tanto trôpego. A recente norma que pode isentar os carros híbridos dos 35% de imposto de importação limita-se a veículos que não têm sistema "plug-in", tecnologia que permite recarregar as baterias na tomada. Ou seja: os modelos mais eficientes, e também os 100% elétricos, ficaram de fora.

A única empresa beneficiada de imediato é a Toyota, que já vende os japoneses Prius e Lexus CT200h. Nem a Ford se deu bem, pois o Fusion Hybrid vem do México, que tem acordo comercial com o Brasil.

Elétricos de alta eficiência, como o Nissan Leaf, e também o híbrido "plug-in" Chevrolet Volt continuam longe daqui. O BMW i3 chegou, mas haja consciência ecológica para pagar R$ 226 mil em um compacto.

Serão viáveis no Brasil? Sim, se a lei mudar e houver avanço na concessão de incentivos. Aí terão chance de custar menos, atraindo o público e sendo rentáveis, sem utopia.


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