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Montadoras ocidentais agem com cautela

DO ENVIADO ESPECIAL À COREIA DO SUL

Montadoras de fora da Ásia são mais cautelosas e céticas com o carro a hidrogênio.

A Volkswagen, por exemplo, declarou que não considera colocar um veículo desses no mercado antes de 2020. A empresa tem um programa grande de pesquisa nesse setor, mas aponta várias limitações atuais.

Rudolf Krebs, responsável pelo programa de carros elétricos da empresa, diz que todo o processo de converter água em hidrogênio, colocá-lo no tanque e então deixá-lo entrar em contato com o oxigênio para liberar energia tem apenas 30% ou 40% de eficiência energética -o resto se perde no caminho.

Por isso, ele acredita que, ao menos por enquanto, seja melhor carregar diretamente o carro com energia elétrica.

"O melhor seria um carro elétrico com um sistema secundário a hidrogênio, que pode ser utilizado em longas viagens ou emergências."

LIMITAÇÕES

Charlie Freese, diretor da divisão de motores da General Motors nos EUA, também aponta limitações nos ambiciosos planos das asiáticas. Ele acredita que ainda serão necessários vários anos para que o mercado americano aceite carros a hidrogênio.

Além do fato de o governo japonês estar subsidiando fortemente os carros a hidrogênio, em até US$ 20 mil por unidade (R$ 48,2 mil), disfarçando artificialmente o custo mais elevado, ele aponta uma questão geográfica.

Em um país pequeno é mais fácil criar uma rede de estações, afirma Freese. "Nos EUA, mesmo que um estado resolva criar infraestrutura, o sujeito não vai poder viajar para outro de carro?"

Freese lembra que o preço da gasolina ainda é relativamente baixo naquele país.

"Se você erra o 'timing', a tecnologia pode ter um grande revés. A última coisa que queremos é colocar carros no mercado e todo mundo ficar tão frustrado a ponto de termos de esperar 50 anos para alguém ter coragem de sugerir uma nova tentativa", diz o executivo. (Ricardo Mioto)


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