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Mexicanos brigam pelo topo do mercado

Modelos como VW Jetta e Honda CR-V já superaram rivais fabricados no Brasil e agravaram desequilíbrio comercial

Rompimento de acordo obrigaria automóvel importado do México a pagar novamente 35% de Imposto de Importação

João Brito - 15.abr.2010/Folhapress
Recém-lançado, Duster peca pelo acabamento simplório
Recém-lançado, Duster peca pelo acabamento simplório

Em janeiro, o utilitário Honda CR-V bateu recorde de vendas com 2.310 unidades emplacadas. O modelo produzido no México foi vendido com desconto para queimar estoque, pois a nova geração chegará em breve. Ainda assim, o número impressiona -foi superior ao de concorrentes mais baratos como Ford EcoSport e Renault Duster. O feito ilustra o que tem ocorrido no mercado.

Desenvolvidos inicialmente para abastecer o exigente mercado norte-americano, os carros mexicanos chegaram ao Brasil beneficiados pelo acordo de livre comércio e caíram no gosto do consumidor.

As marcas aumentaram o volume de importação e passaram a produzir no México carros pensados para o Brasil. Um exemplo é o Volkswagen Jetta, terceiro sedã médio mais vendido do Brasil. O resultado foi o desequilíbrio da balança comercial.

LUXUOSOS

Os carros mexicanos chegam a preço competitivo. São luxuosos em sua maioria, pois o objetivo é complementar o portfólio das marcas que se dedicam a produzir compactos no Brasil.

A participação dos mexicanos no mercado chegou a 6% em janeiro -o dobro da média de 2011. A explicação está no lançamento de modelos mais baratos, como o Fiat 500 e o Nissan March.

A elevação do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para veículos oriundos de países que não têm acordo comercial com o Brasil também favoreceu o México.

Alguns produtos oferecem mais pelo mesmo preço. Feito no Brasil, o Toyota Corolla Altis 2.0, por exemplo, tem preço próximo ao do Ford Fusion 2.5 mexicano, ambos na faixa de R$ 80 mil. O importado é maior e mais potente.

No meio do ano, o novo Fusion desembarca por aqui. E pelo preço atual, diz o fabricante. O anúncio foi feito em janeiro, antes de o governo brasileiro reclamar do desequilíbrio. Se houver alterações no acordo, o preço tenderá a subir.

(FELIPE NÓBREGA)

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