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Computador ajuda a reduzir consumo

Informações exibidas no painel podem ser usadas para adequar o modo de condução e programar abastecimentos

Alguns "populares" trazem o sistema como item de série; sensores captam os dados de funcionamento do carro

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Nos anos 1990, ter um computador de bordo no carro era luxo restrito aos modelos mais caros, nacionais ou importados. Hoje, os sistemas que oferecem informações úteis sobre o veículo chegaram aos "populares".

"Os brasileiros demonstram muito interesse em novas tecnologias, independentemente do veículo que possuem. O computador de bordo agrega valor extra ao produto, é um diferencial", avalia Tiago Castro, gerente-chefe de marketing da Nissan. A empresa equipou todas as versões do March com o sistema. A Fiat fez o mesmo com o novo Palio.

A principal utilidade do sistema é ajudar na economia de combustível. O motorista pode adequar seu modo de dirigir para alcançar melhores médias de consumo.

SENSORES

Tudo começa com uma rede sensores que coleta informações sobre o comportamento do veículo. Os dados são processados e apresentados ao motorista no painel.

"Há sensores que medem a quantidade de combustível enviada para o motor e o nível restante no tanque. Outros, conectados ao velocímetro, à caixa de câmbio e ao hodômetro [marcador de quilometragem], analisam dados de distância", explica Alfredo Guedes, engenheiro da Honda.

Assim é possível fornecer informações como consumo e autonomia (quantos quilômetros ainda podem ser percorridos com o combustível que resta no tanque).

De acordo com especialistas, a margem de erro dos computadores atuais é inferior a 1%. Há cinco anos, as diferenças chegavam a 10%. Apesar da precisão, não é recomendado rodar com o tanque no limite.

"Há mais variação no posto do que no computador. A posição do veículo no momento do abastecimento, o quanto o frentista insiste em colocar no tanque ou adulterações podem influenciar na leitura da quantidade de combustível", diz Klaus Mello, gerente de engenharia de veículos da Ford.

Segundo o engenheiro, as informações de autonomia pedem mais atenção.

"A medição pode variar com o deslocamento do carro. As diferenças aparecem, por exemplo, quando o motorista muda radicalmente o estilo de condução ou sai de uma estrada livre para um trecho de trânsito carregado."

(RICARDO RIBEIRO)

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