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Acessório lombar não tem valor terapêutico

Posição correta ao volante é a melhor forma de evitar dores nas costas

Bancos modernos são projetados para ter boa ergonomia e evitar dores no corpo de todos os ocupantes do carro

THAÍS VILLAÇA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Quem dirige por muitas horas tende a sentir dores no corpo, especialmente na coluna e nas pernas. É o caso do taxista João Herrera Fernandes, 60, que passa boa parte do dia ao volante e há 25 anos utiliza capas massageadoras de madeira no banco do carro. "Com o acessório, eu me sinto menos cansado no fim da jornada e transpiro menos, pois o corpo não fica em contato direto com o banco", diz o motorista.

Há diversos tipos de capas massageadoras ou ortopédicas. Algumas prometem fazer shiatsu (terapia japonesa) e até melhorar a postura.

Nenhum desses produtos, porém, são recomendados por especialistas.

Para Dirceu Rodrigues Alves Júnior, diretor da Abramet (Associação Brasileira de Medicina de Tráfego), o acessório, além de não trazer nenhum benefício, pode diminuir a sensibilidade do motorista, que passa a ter ligamentos e músculos comprimidos.

De acordo com o médico, veículos modernos são projetados para evitar dores no corpo do condutor. Os modelos mais sofisticados trazem acentos com abas laterais (sustentam o corpo e protegem a região lombar), volante com ajuste de altura e profundidade e fácil acesso aos pedais.

A posição correta ao guiar é que garante o mínimo esforço de tendões e musculatura: braços e pernas não devem ficar nem tão esticados nem muito recuados em relação aos comandos.

ALONGAMENTO

Outra recomendação é descer o carro a cada duas horas para evitar uma postura viciosa. "O ideal é fazer alongamento lombar e, se possível, uma pequena caminhada", afirma Alves Júnior.

O taxista diz que, independentemente da recomendação médica, não vai jogar sua capa fora. "Me sinto bem com o uso", conclui.

Já o principal benefício do massageador eletrônico, segundo Wagner Fernandes, importador do produto, é o relaxamento e alívio das tensões, sem fim terapêutico.

"Por serem finos e ficarem bem presos ao banco, não atrapalham na hora de dirigir. Mas são contraindicados para pessoas com marca-passo", alerta o empresário.

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