Texto Anterior
|
Próximo Texto
| Índice | Comunicar Erros
Rio+20 BMW importará elétrico i3 a partir de 2014 Modelo alemão é o 1º carro do gênero com venda confirmada para o Brasil, preço deve ficar abaixo de R$ 300 mil Executivos da marca dizem que já conversam com o governo sobre incentivos e instalação de infraestrutura
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO Primeiro produto da submarca "i", da BMW, o carro elétrico i3 será lançado na Europa no ano que vem e no Brasil no ano seguinte. A informação foi dada por Jörg Henning Dornbusch, presidente da montadora no Brasil, durante a Rio+20. Expositora no evento, a BMW aproveitou seu espaço no Parque dos Atletas, na zona oeste da capital fluminense, para tratar de práticas sustentáveis que envolvem todo o processo produtivo de um automóvel da marca. Apesar do anúncio, a vinda do elétrico ainda envolve outras questões. Uma delas diz respeito à infraestrutura, ponto crítico quando o assunto é a viabilidade dos carros elétricos no Brasil. "O sucesso dos elétricos depende da estrutura das cidades [postos de recarga para reabastecê-los]. Por isso, estamos conversando com os governos, inclusive com projetos para o Brasil", diz Manuel Sattig, gerente de projetos da divisão i. A outra questão, afirma Dornbusch, envolve uma tributação diferente para carros do gênero no país, como já ocorre em outros mercados. O i3 é um compacto elétrico projetado para rodar em grandes centros urbanos. Com uma autonomia de 150 quilômetros, ele utiliza materiais nobres, como fibra de carbono e alumínio, em sua construção -o objetivo é compensar o peso das baterias, que ficam no assoalho do carro. Parte importante da estratégia para que o carro vingue, o preço ainda não está definido nem mesmo na Europa. Durante a Rio+20, os executivos da montadora se limitaram a dizer que o valor será "menor do que o cobrado por um Série 5", sedã de luxo da marca, e que o modelo elétrico "precisa ser sustentável para quem compra e para quem fabrica". Caso isso se confirme, o i3 ficará abaixo dos 39, mil euros, na Alemanha, e R$ 300 mil, no Brasil. BATERIAS EM TESTE A BMW, ao longo da conferência da ONU, deixou unidades do modelo Mini E em uma área do autódromo Nelson Piquet para a realização de test drive. O modelo, totalmente elétrico, serve como plataforma para desenvolvimento das baterias. Ao todo, foram produzidas 600 unidades do compacto, que são alugados aos interessados por um ano mediante o pagamento de US$ 8.000 nos EUA ou 5.000 euros na Europa. Pelo contrato, o cliente precisa transmitir suas impressões no fim desse período de utilização do produto. O breve contato que a reportagem pode ter com o Mini E, na pista, mostrou que é fácil se adaptar às virtudes de um veículo elétrico. Não existe alavanca de troca de marchas e as respostas do motor são instantâneas, o que garante arrancadas vigorosas. A disposição é semelhante à da versão Cooper S convencional, inclusive na entrega de potência. Afinal, são 204 cv, e, o melhor: trabalham em pleno silêncio. O lado negativo é que as baterias ocupam todo o espaço que seria dos bancos traseiros. O próximo passo da BMW para o desenvolvimento das baterias será apresentado no conceito Active E, baseado no Série 1 Coupé. A tendência é que as unidades de armazenamento aguentem suportar mais energia e fiquem bem mais compactas. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |