A família Lancer cresceu no Brasil. A Mitsubishi resolveu mandar para cá dois outros filhos para fazer companhia ao "irmão" mais velho e arisco, o Lancer Evolution X.
Esse esportivo de 295 cv, que sai das competições para as ruas quase na mesma configuração, já vivia por aqui desde 2010. Os dois modelos que chegam agora são o sedã e o esportivo Ralliart.
O Lancer sedã já havia "morado" no país há 15 anos. De novo longe de casa, não terá vida fácil no nicho mais aguerrido do mercado: brigará com Toyota Corolla, Honda Civic (cuja nova geração está para vir), VW Jetta, Chevrolet Cruze, Renault Fluence, Peugeot 408, Citroën C4 Pallas e Hyundai Elantra.

ESPAÇOSO
O motor 2.0 de 160 cv e 20 kgfm de torque do Mitsubishi tem desempenho na média dos rivais. De 0 a 100 km/h, chegou a ser 1s mais rápido que o líder Corolla, aponta o teste Folha-Mauá.
O Lancer tem bom espaço interno e o acabamento agrada, mas o ponto alto é o acerto da suspensão, independente nas quatro rodas.
O conjunto permite boa dirigibilidade sem comprometer o conforto, com a ajuda de largos pneus 215/45 em rodas de liga leve aro 18".
O câmbio automático CVT (continuamente variável) garante o bem-estar. E há também borboletas atrás do volante, para trocas manuais.
O pacote de itens de série é dos melhores. A versão de entrada tem ar-condicionado, acendimento automático dos faróis, sensor de chuva e freios com ABS e assistência em frenagens bruscas, além das rodas de 18 polegadas.
O preço parte de R$ 67.990, com câmbio manual de cinco marchas. Pelo CVT, a Mitsubishi pede mais R$ 6.000.
A versão testada (GT) acrescenta bancos de couro, 11 airbags e sistema multimídia com GPS em tela sensível ao toque. Custa R$ 85.990.
Toda a família herda as linhas arrojadas do Evo X, o que deixa até a versão de entrada do sedã longe do ar careta ou cansado de alguns rivais.
O consumo não foi aferido no teste. Após duas horas na estrada, o computador de bordo marcava média de 12 km/l.