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Peugeot venderá na França o 207 Brasil
Crise na Europa se agrava e faz matriz apelar para um carro barato e ultrapassado; lá, ele chamará 206+
DA REDAÇÃO
Quando o 207 Brasil foi lançado, em maio do ano passado,
a engenharia da Peugeot se orgulhava de ter levado três anos
para transformar um 206 num
esboço de 207 europeu.
Na França, o hatch homônimo era muito mais sofisticado,
moderno e econômico que o
206. Só que, segundo a própria
Peugeot do Brasil, era muito caro para ser fabricado em Porto
Real (RJ). Custaria, na época,
algo em torno de R$ 65 mil, o
mesmo que um 307 com câmbio automático novo em folha.
O jeito então era adaptar um
carro de 1999 que revolucionou
o design dos compactos. Daí a
dificuldade de mexer num projeto vencedor com 6,5 milhões
de unidades vendidas no mundo -mas cansado de viver.
Inventaram o nome 207 Brasil para renovar um carro que,
de 207, só tinha os faróis, a grade, a abertura do para-choque e
a parte superior do painel.
O brasileiro adorou. Comprou cerca de 2.500 carros por
mês em 2008, o equivalente à
soma do Fiat Stilo, do Volkswagen Golf e do Ford Focus.
Com o sucesso, a Peugeot
francesa não pensou duas vezes: anunciou que venderá o
"nosso" 207 na Europa. Explica-se: o projeto do 206 está há
tempos amortizado e faz dele
um carro barato para ser feito,
sem abrir mão do lucro alto.
Sairia mais em conta do que
criar um projeto novo de baixo
custo, como fez a Renault com a
dupla Logan e Sandero.
Barato também serão os motores do 206+ (nome dado para
diferenciá-lo do verdadeiro 207
francês). Há dois propulsores a
gasolina -1.1 (60 cv) e 1.4 (75
cv)- e um a diesel, com 70 cv.
O hatch de entrada será produzido na planta de Mulhouse,
na França, e vai abastecer toda
a Europa. Ficará posicionado
entre o 107 e o 207, que, dentro
de dois anos, dará lugar ao futuro 208.
(FABIANO SEVERO)
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