São Paulo, domingo, 02 de janeiro de 2011

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3008 é o carro mais versátil de 2010

"Crossover" com motor turbo e injeção direta de combustível anda mais que um 2.0 e "bebe" menos que um 1.4

Peugeot também aposta em um carro alto, com bom espaço para bagagens e cinco adultos sem aperto

Fotos João Brito/Folhapress
Com jeito de jipinho, 3008 pode ajudar na selva urbana

RICARDO RIBEIRO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Com preço elevado e bem equipado, o 3008 não é um projeto com objetivo de fazer alto volume de vendas.
Para o presidente da Peugeot, Guillaume Couzy, o modelo é mais um trabalho para melhorar a imagem da marca do que um novo produto para o mercado brasileiro.
A julgar pela disputa entre os manobristas nos estacionamentos, a estratégia da montadora francesa parece, em princípio, ter dado certo. O acertado design é meio caminho andado.
Linhas modernas e agressivas fazem uma mistura harmoniosa de minivan e utilitário esportivo. Daí a razão para a marca chamar o carro de "crossover" (mistura de dois tipos de carroceria).
Quem entorta o pescoço na rua ou mesmo os ávidos manobristas, porém, não podem experimentar o melhor do carro: o motor 1.6.
Desenvolvido em conjunto com a BMW, é o mesmo do Mini Cooper S. Tem turbo e injeção direta de gasolina para gerar 156 cv e 24 kgfm de torque a apenas 1.400 rpm.
No teste Folha-Mauá, ele fez o 3008 atingir 100 km/h em 9,4s -3s mais rápido que o Honda CR-V (com motor 2.0) e 5s antes do Aircross 1.6.
O propulsor ligeiro do Peugeot é bem acompanhado pelas trocas ágeis e sem solavancos da transmissão automática de seis velocidades.
Uma retomada de 60 km/h a 100 km/h leva menos de 6s.
Apesar de eficiente, a caixa não é a de dupla embreagem usada no esportivo RCZ, que chega em agosto.
O conjunto também garante baixo consumo de combustível. No teste, conseguiu rodar 15,6 km com um litro de gasolina -1 km a mais que o Chevrolet Agile 1.4.

SOPA DE LETRAS
O 3008 acelera bem, mas o centro de gravidade elevado pede cautela. O carro reforça a segurança com uma sopa de letrinhas de série: freios ABS, ESP (controle de estabilidade), ASR (controle de tração), AFU e REF (auxílio à frenagem, que aplica força e a distribui sobre os freios em casos de emergência).
Há ainda uma barra estabilizadora hidráulica, composta por três amortecedores que equalizam a inclinação da carroceria em curvas.
A área envidraçada confere boa visibilidade na dianteira. Na lateral, é prejudicada por colunas grossas.
O visual alto e robusto fará o 3008 concorrer com outros jipinhos compactos, o segmento que virou moda na selva das grandes cidades, com ruas esburacadas e alagamentos em dias de chuva.
O 3008 começa na versão Allure, com oito airbags, ar-condicionado digital, controlador de velocidade, toca-CDs e MP3 e rodas de aro 17 por R$ 79,9 mil -R$ 5.000 a mais que um Hyundai Tucson em versão equivalente e R$ 8.000 mais caro que um Honda Fit topo de linha.
O Citroën Aircross sai por R$ 61 mil, mas oferece menos equipamentos. O Honda CR-V, que é 2.0, custa R$ 88 mil.
Já a versão Griffe tem bancos de couro e teto solar panorâmico por R$ 86,9 mil.

A Peugeot cedeu o 3008 para teste

INSTITUTO MAUÁ DE TECNOLOGIA
www.maua.br; 0/xx/11/ 4239-3092

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