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São Paulo, domingo, 05 de outubro de 2003

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UTILITÁRIOS ESPORTIVOS

Para quem pode pagar, BMW e Volvo dão conforto e potência para rodar na cidade e na terra

X5 e XC90 vão do luxo à lama em 4 tempos

DA REDAÇÃO

Você tem um jeito "anfíbio" de ver a vida e de dirigir carros. Quer todo o conforto, a tecnologia e a segurança de um sedã de luxo, mas deseja também temperar isso com um gostinho de aventura.
BMW X5 e Volvo XC90 estão de portas abertas para levá-lo do luxo à lama mais rápido do que alguém é capaz de dizer "cuidado com aquele buraco". São utilitários esportivos -jipes mauricinhos, se preferir- com estilo para rodar na cidade e vigor para forçar caminhos no mato.
Ambos têm tração automática nas quatro rodas, que se ativa conforme a necessidade. Ao motorista cabe escolher para onde ir, sem se preocupar com mais nada.
São carros caros (R$ 286, 9 mil o Volvo, R$ 345 mil o BMW) e por isso oferecem itens exclusivos e grande dose de prazer ao dirigir. Escolher um ou outro vai depender do estilo do motorista e da ligação emocional com a marca.

Inclinação
Embora exerçam com competência a dualidade urbanóide-natureba, cada um demonstra uma certa tendência. O XC90 prima pelo conforto. Seu concorrente se destaca mais na esportividade.
Isso é possível sentir não só dirigindo os carros, mas também nos números do teste Folha-Mauá.
No entanto é preciso considerar que o desempenho superior do alemão se deve à motorização mais potente do modelo testado -um 4.4i aspirado, que gera 290 cv e tem torque de 44,9 kgfm, enquanto o motor 2.9 biturbo do Volvo proporciona 272 cv, com torque de 38,8 kgfm.
Com essa vantagem, o X5 acelera de 0 a 100 km/h em 8,27s, enquanto o XC90 gasta 10,39s.
Espaço é um item de destaque na categoria, e o sueco apresenta algumas vantagens importantes. A principal e mais exclusiva é uma terceira fila opcional de bancos, aumentando a capacidade para sete passageiros. Numa emergência, dá para ir dois adultos, mas o espaço para pernas é bem curto, e a cabeça bate no teto.
O problema é o acesso. A entrada e a saída são bem difíceis. Fora isso, a visibilidade pelo retrovisor fica muito prejudicada com os sete encostos dos bancos levantados. No porta-malas, a vantagem continua com o Volvo: 613 litros contra 455 litros do alemão.
Uma novidade que chama a atenção no Volvo são os fones de ouvido para passageiros traseiros. Os conectores nas colunas permitem ouvir músicas diferentes das escolhidas pelo motorista.
A Volvo diz que o seu carro cruza áreas com até 48 cm de água. A BMW diz que chega aos 50 cm. (ARMANDO PEREIRA FILHO)


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