São Paulo, domingo, 05 de novembro de 2006

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Arnage compensa espera por Continental

Modelo mais novo da Bentley tem fila de espera de um ano, então consumidor fica com carro de R$ 745 mil

DO "INDEPENDENT"

O Continental Flying Spur é a nova cria da Bentley, gerada pelo grupo Volkswagen. Seu motor tem 12 cilindros em "W", e sua aura é exatamente a que um Bentley moderno deveria ter: opulento, um choque entre o retrô e o high-tech, um sedã esportivo de ritmo estupendo.
A família Continental é o futuro da Bentley. Ela, porém, recorre a um carro antigo, e é extraordinário que ainda faça um modelo imponente como um navio e o equipe com um motor que tem 50 anos. O Arnage é justificável no moderno mundo dos negócios? Sim, ele é.
Há uma lista de espera de um ano pelo Flying Spur. "Quero um agora", diz o consumidor. "Mas ele não está disponível", responde a Bentley. "Então, fico com um Arnage enquanto espero." Quando o Spur estiver pronto, o cliente, provavelmente, não ficará com o Arnage.
O Arnage é o último carro feito antes de Bentley e Rolls-Royce se separarem e serem adotadas por alemãs (a Rolls-Royce ficou com a BMW). A versão da Rolls-Royce, o Silver Seraph, não existe mais, mas a Bentley promoveu mudanças aparentemente invisíveis.
Juntas, usavam um motor 6.2 lançado em 1959. Hoje ele cresceu para 6,8 litros, é 2,5 vezes mais potente e emite 99% menos gases tóxicos. Entrega 500 cavalos, mas mais significante é o torque (força) de 102 kgfm. O V8 (oito cilindros em "V") recebeu duas turbinas de pequena compressão, e o carro vai a 100 km/h em 5,2s.
Ainda que custe o equivalente a R$ 745 mil, o Arnage não é perfeito. A coluna de direção não é ajustável, e, com um consumo de 6,2 km/l, sua sede é irresponsável. Passa por obstáculos melhor que o Flying Spur, cujo conjunto é mais completo.


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