São Paulo, domingo, 06 de fevereiro de 2011

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Grand Cherokee encosta no Discovery 4

Jeep evolui mais que o rival nesta geração, mas peca ao desistir da versão a diesel e só oferecer a V6 a gasolina

Land Rover vai melhor no "off-road" e oferece motor V6 turbodiesel, com torque de V8 e economia de 1.0

FELIPE NÓBREGA
DE SÃO PAULO

A briga entre o Jeep Grand Cherokee e o Land Rover Discovery é antiga. Desde os anos 90, disputam a paternidade do segmento de utilitários médios de luxo.
A verdade é que o jipão da Land Rover chegou em 1989, três anos antes. Mas só a benevolência real enxergava sinais de sofisticação na primeira geração do inglês.
Na do Grand Cherokee também. Aliás, só agora, na quarta geração, incorpora acabamento "premium", como o painel "soft touch" (macio ao toque) e a dirigibilidade de um sedã grande. Inclusive em trechos "off-road".
Mas aí o Discovery é imbatível. Elevando a suspensão (a ar), o galipão se encoraja e atravessa riachos de até 70 cm. No Jeep, a suspensão a ar opcional ficou nos EUA.
Já o seletor no painel do Land Rover, que ajusta a tração 4x4 para diferentes tipos de terreno, aparece no Jeep, que mostra mais aptidão para o asfalto. Mérito do acerto equilibrado da carroceria.
Afinal, o Grand Cherokee herda parte da geometria da plataforma do ML, da Mercedes, ex-dona da marca.
Só que o Jeep trocou o motor 4.7 V8 de 303 cv por um 3.6 V6 de 286 cv. Ainda aboliu o eficiente motor turbodiesel da geração anterior.
Ou seja, com duas toneladas, o topo de linha do Cherokee V6 (R$ 175 mil) mostra desempenho de EcoSport 2.0 (145 cv), inclusive no consumo rodoviário (12,4 km/l), aponta o teste Folha-Mauá

CONSUMO DE COMPACTO
Já o Discovery 2.7 TDV6 (190 cv) parte de R$ 182,5 mil. Invista um pouco mais e leve a configuração 3.0 TDV6 (245 cv), bem mais disposta e econômica -cumpriu 15 km/l com diesel na estrada.
Ela disponibiliza 61,2 kgfm de torque logo aos 2.000 rpm. É força para carregar os sete ocupantes e rebocar um trailer sem morder o beiço.
Só com motorista, o Land Rover esquece a obesidade e arranca em 9,8s. E melhor: ao custo (de diesel) por quilômetro de carro 1.0. O segredo é o turbo secundário paralelo, que, para reduzir perdas de bombeamento, só é ativado em situações extremas.
Se for pouco, há o Range Rover Sport 5.0 V8 Supercharged (510 cv), para quem tem mais de um poço de petróleo no quintal de casa.
Os carros foram cedidos pelas montadoras

INSTITUTO MAUÁ DE TECNOLOGIA www.maua.br; 0/xx/11/4239-3092

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