São Paulo, domingo, 06 de abril de 2008

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A UM CLIQUE

Imagem na internet pode enganar; risco é maior em site estrangeiro

Compra só deve ser fechada após tête-à-tête com carro

DA REPORTAGEM LOCAL

É grande a tentação de comprar o carro dos sonhos pela internet. Mas a prática é reprovável, ainda mais se for antigo e aparecer num site estrangeiro.
O desejo cresce ainda mais quando a foto do carro é cativante. Só isso, diz José Onofre de Araújo Neto, do Webmotors, já quadruplica o número de visitas diárias ao anúncio do carro em comparação com o mesmo modelo sem a imagem.
"Uma bela foto não quer dizer nada. É preciso ver o carro de perto, conhecer sua procedência e as condições da lataria, do motor e da restauração", afirma Henrique Thielmann, presidente da FBVA (federação de veículos antigos).
Para ele, o perigo é ainda maior quando o carro não está no Brasil. "A chance de falsificação é enorme, pois, na Europa e nos EUA, há mais variedade de carros e de falsificadores. Aqui, há poucos especialistas em, por exemplo, Ferrari."
Thielmann diz que, na prática, os antigomobilistas pedem a amigos que estejam na mesma cidade que o carro para olhá-lo.
Mesmo assim, as importações ainda são poucas. Em 2007, foram 310 carros, sendo cerca de 90% dos EUA.
"A maioria é sucata, mas com carroceria, motor e câmbio. A legislação brasileira não permite a importação de peças usadas", diz o presidente da FBVA. Sai mais barato restaurá-lo no Brasil, ainda que muitas peças (novas) sejam importadas.
A procedência não é o único problema da internet: há desconfiança pela variedade de preços. Dois carros antigos do mesmo ano e restaurados chegam a uma diferença de 100%. "Mais caro será o carro quanto maior for o número de peças originais." (FABIANO SEVERO)


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