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Audi e-tron mostra ao Tesla como será o futuro
Esportivo alemão vai chegar em 2012 com quatro motores elétricos
Com 313 cv, e-tron é pesado demais, mas acelera de 0 a 100 km/h em 4,8s, 1s a mais que o Tesla Roadster Sport
FABIANO SEVERO
ENVIADO ESPECIAL AO RIO
O presidente Luiz Inácio
Lula da Silva foi enfático: "Eu
não sei se esse tal de carro
elétrico existe ou não".
Frase dita poucos minutos
depois de Lula sair do Audi e-tron, a estrela do Michelin
Challenge Bibendum, evento
sobre mobilidade sustentável que aconteceu na semana
passada, no Rio de Janeiro.
O esportivo elétrico existe
e será lançado no fim de 2012.
Lula talvez tenha desconfiado da ausência de ruído, de
retrovisor, de maçaneta. No
e-tron, tudo parece avançado
demais para chegar às ruas
em apenas dois anos.
A maçaneta, por exemplo,
fica embutida no friso lateral.
Sem ajuda, ninguém sabe
abri-la, até que o engenheiro
da Audi aproxima a mão do
vinco e vê saltar um filete.
É o passaporte para o futuro. Poucos protótipos anteciparam tendências sem viajar
na maionese. O Audi é real.
O painel de instrumentos
fica separado por uma tela
escamoteável, que gira quando ligam o carro -sem ruído
nem alarde.
Ali estão informações da
bateria e da tração elétrica
nas quatro rodas. Ela varia de
acordo com a necessidade de
cada pneu de aro 19.
Em segundos, o "babá" do
e-tron autoriza a arrancada.
No console, uma alavanca
pequena levanta para permitir a engrenagem da marcha.
Não há câmbio. Só uma
suposta indicação de "drive", "ré" ou "neutro".
No "D", a primeira acelerada instiga. O pedal é sensível;
a direção, nem tanto.
A puxada é forte como a do
R8 V8 -fala-se em 4,8s de 0 a
100 km/h. É justo: os elétricos têm 100% do torque disponível a rotações mínimas.
A 120 km/h, o estacionamento do Riocentro fica pequeno para o e-tron. Ele rodaria 248 km com uma carga
da bateria de íons de lítio, diz
a Audi.
O esportivo não é rápido
como o Tesla, mas faz qualquer um temer o futuro -até
mesmo o otimista Lula.
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