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Só franceses apostam no diesel
Para Citroën, futuro combinará motores elétricos e a diesel, combustível ruim no Brasil
Americanos e japoneses investem nos motores a gasolina e elétrico, mas não sabem o que fazer com as baterias velhas
DO ENVIADO AO RIO
É difícil apontar que os
carros a diesel serão o futuro.
Americanos e japoneses
nunca aderiram ao combustível e, há anos, optaram pelos carros elétricos ou híbridos "normais" -combinam
motor a gasolina e elétrico.
Os europeus, porém, adoram o diesel. Os franceses,
mais ainda. Hoje, 70% dos
automóveis vendidos na
França são movidos a diesel.
Não por acaso a PSA Peugeot-Citroën investe tanto. A
aposta agora é o Hypnos.
Por definição, ele é o primeiro "crossover" da Citroën, que aproveita a plataforma do sedã C5.
Até aí, pouca novidade.
Sob o capô, está um motor
2.0 com injeção direta de diesel, filtro de partícula e potência de 200 cv (147 kW). De
novo, nada de novo.
O pulo do gato está no motor elétrico instalado no eixo
traseiro. Ele rende 50 cv a
mais e tem câmbio automatizado de seis marchas.
Segundo a Citroën, isso
permite bom desempenho
(0 a 100 km/h em 9,4s) e baixos níveis de consumo e de
emissões. Roda 22 km/l e
emite apenas 120 g/km de
CO2, limite de emissões até
2012 para carros na Europa.
Especialistas, porém, afirmam que o diesel é coisa do
passado. "O carro elétrico já é
uma realidade. Nem os híbridos terão espaço em um futuro próximo", afirma Pietro
Erber, presidente da ABVE
(Associação Brasileira de
Veículos Elétricos).
CEMITÉRIOS
Praveen Kedar, gerente do
programa global de "fuel
cell" da GM, disse à Folha
que os carros "verdes" evoluem em três estágios: híbridos (motor a gasolina e elétrico), totalmente elétricos e células de hidrogênio. "Este será viável em 2022", prevê.
Seu problema está no preço do motor e na parca rede
de postos com hidrogênio a
altíssima pressão.
Antes disso, as montadoras precisam resolver o que
farão com as baterias velhas
dos carros híbridos -o Toyota Prius, por exemplo, foi lançado nos EUA em 1997.
Há estudos para criar uma
espécie de cemitério de baterias. "Ligadas em rede, elas
podem gerar energia para alimentar algumas casas", afirma o engenheiro.
(FABIANO SEVERO)
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