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peças & acessórios
Som de "populares" esquece subgraves
Teste feito com exclusividade para Folha aponta Mille com melhor sistema de som original; Celta é o pior
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Veículos "premium" prometem tecnologia de série. Com
bons equipamentos, mesmo
que nem sempre bem regulados ou bem posicionados, a
qualidade de som costuma
agradar a quem pagou caro.
Compradores de carros "populares" também gostam de
boa música. Mas, depois do que
ouvem dentro do carro, acabam
em oficinas especializadas. E o
"upgrade" no sistema finda a
economia inicial.
A pedido da Folha, o engenheiro do Senai William Santiago avaliou os sistemas de
som de cinco "populares" no
laboratório de sua oficina, a
Stereo One. Todos os rádios
foram analisados com as equalizações desabilitadas para não
interferir no resultado, e o Fiat
Mille, apesar de ser o mais barato dos modelos analisados,
foi o que se saiu melhor.
Uma faixa de teste foi executada em cada veículo e gravada
por um RTA (em inglês, analisador em tempo real). Comparadas com uma curva acústica
ideal, cada desvio causa perda
de pontos -o máximo é 40.
"Todos os sistemas testados
apresentam problemas na faixa
subgrave, que podem ser resolvidos com um "subwoofer". Para melhorar a resposta dos agudos e minimizar problemas da
faixa média, indicamos a instalação de alto-falantes coaxiais e
um par de "tweeters'", recomenda o engenheiro.
Ranking
A curva do Mille "segurou"
30 pontos. Agudos não são problema para ele, mas foram
identificados desvios de pequena intensidade, o maior na faixa
subgrave (de 20 Hz a 60 Hz).
Um "subwoofer" de 400 W, suficiente para veículos pequenos, tem preço entre R$ 250 e
R$ 450. Modelos de 1.400 W
podem passar de R$ 800.
Em segundo lugar, o Renault
Clio marcou 28 pontos. Pequenos desvios foram registrados
na faixa subgrave, mas o maior,
de 9 dB, é na faixa aguda (de
16 kHz a 20 kHz). Pode ser sentido por um som "opaco".
Melhorar o som, nesse caso,
custa até R$ 80 (valor do par de
"tweeters"). Já um kit com dois
alto-falantes coaxiais custa entre R$ 150 e R$ 500.
Com cinco desvios, o Ford Ka
teve 27 pontos. Além dos agudos, há defeitos na emissão de
médios (de 201 Hz a 3.500 Hz)
e subgraves -o que acaba prejudicando o timbre correto de
alguns instrumentos e vozes.
O novo Volkswagen Gol empatou com o Ka com problemas
nas faixas média e média-grave
(de 61 Hz a 200 Hz). Nesse caso,
não há "energia" para instrumentos de percussão.
O Chevrolet Celta teve o pior
desempenho: 26 pontos. Seu
som apresentou seis desvios
em diversas faixas. Os maiores,
porém, apareceram na faixa
média, de até 9 dB. Defeitos
nessa faixa deixam o som anasalado e sem articulação.
(RICARDO RIBEIRO)
"LOUDNESS" AJUSTA
DEFICIÊNCIA DE
FÁBRICA
Ajustar corretamente
o som faz diferença.
O "loudness" amplia a
intensidade do
sistema nas faixas
médias e graves, onde
há mais deficiência
nos "populares"
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