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Sem olhar para trás
Estudo com 55 carros mostra que hatches compactos e monovolumes oferecem a visão traseira mais ampla
DA REDAÇÃO
Todo motorista já sofreu ao
manobrar: algum ponto fica
sem ser visto. Isso pode significar desde um raspão até o atropelamento de uma criança. Um
estudo do Cesvi Brasil com 55
carros mostra que a chance de
algo assim acontecer é menor
com os Fiat Mille e Palio, o Renault Clio e o Peugeot 206.
Os hatches foram os mais
bem colocados, pois sua estrutura é mais próxima do chão. As
minivans, diferentes dos hatches só por serem mais altas,
também foram bem. A Renault
Scénic foi a quinta colocada no
ranking geral, antes do Chevrolet Corsa e do Volkswagen Golf.
Se oferecem espaço no porta-malas, os sedãs não apresentam visibilidade. O Ford Fusion
foi o último colocado, e o Chevrolet Vectra tem a quarta pior
visibilidade entre os modelos
pesquisados. Acessórios como
o "brake light" -que ajuda a
prevenir acidentes do lado de
fora-, dependendo de onde estão instalados, também podem
ser prejudiciais à visão.
Outra categoria que não foi
muito bem foi a das picapes,
mas é curioso notar que as
compactas são piores que as
médias. A caçamba da Chevrolet Montana impede a visão de
34 m2, enquanto a da Ford Ranger encobre 14,4 m2. De acordo
com o Cesvi, a "culpa" é da suspensão traseira, mais elevada
nas menores. De um modo geral, as picapes médias deixam o
motorista na mesma altura que
a parte traseira.
Mas, como sempre, há exceções. A Fiat Strada apresenta
uma área não visível de 12,8 m2,
10 m2 a menos que a Toyota Hilux. Ter a caçamba fechada
também pode ser vantajoso. A
Chevrolet S10 encobre 24 m2,
enquanto o Blazer impede que
o motorista veja 13 m2.
Outro lado
Segundo a Volkswagen, o
CrossFox obedece às normas
brasileiras de segurança, tendo
sido homologado pelos órgãos
competentes. A montadora
lembra que o modelo é vendido, principalmente, pelo design
fora-de-estrada. A área não visível do CrossFox é de 35,9 m2,
contra 13,9 m2 do Ford Eco-
Sport, cujo estepe também fica
dependurado do lado de fora.
A Chevrolet igualmente diz
cumprir a legislação sobre visibilidade. Procurada pela Folha, a Ford afirmou que não poderia se pronunciar sem saber
exatamente como havia sido
feito o teste do Cesvi Brasil.
Segundo o órgão, foi simulada uma área de 15 m de comprimento por 2 m de largura a partir do último ponto do veículo
(pára-choque ou estepe preso
na tampa do porta-malas). Colocou-se, então, um obstáculo
de 65 cm de altura (equivalente
à altura média de uma criança
de dois anos). A visibilidade era
identificada quando o motorista conseguia ver o topo do objeto pelo retrovisor interno.
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