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Alemãs querem ser "populares" e dão feijoada
BMW e Mercedes voltam para casa de R$ 100 mil à custa de dólar baixo
teste folha-mauá
Adriano Vizoni/Folha Imagem
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B180 (à esq.) é minivan para família; 118i ainda traz ousadia
RICARDO RIBEIRO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Ao entrar num compacto 1.0,
um panfleto no retrovisor chama a atenção. A propaganda era
distribuída pela rua e, com a conivência do manobrista, também foi colocada nos carros
dentro do estacionamento.
A estratégia de marketing faz
lembrar a de supermercados,
na qual entregadores colocam
papéis com ofertas nos portões
e nas caixas de correio.
A promoção da vez? O BMW
por R$ 95 mil e parcelado em
48 vezes. E não se trata de
anúncio de seminovo em loja
multimarca. É o novo 118i, com
direito a feijoada para quem fizer o test-drive, diz o panfleto.
Uma refeição temperada por
redução de IPI (Imposto sobre
Produtos Industrializados) e
dólar abaixo de R$ 1,75.
Com o fim do Audi A3 nacional, o hatch da BMW e a minivan Mercedes B180 são raros
carros de luxo abaixo da barreira psicológica de R$ 100 mil.
Por R$ 99,8 mil, a versão de
entrada da Classe B está bem
no limite e não é exatamente o
Mercedes dos sonhos de todos.
Trata-se de uma minivan para a família, com espaço e conforto até nos bancos traseiros.
Afinal, há 1,78 m de largura,
com direito a assentos retráteis, que se transformam em
duas cadeirinhas para crianças.
O porta-malas tem 544 litros
-214 l a mais que o do BMW,
um típico carro para sair a dois.
O pouco espaço deixa tudo
mais perto e o estilo facilita a
vida dos solteiros.
Se a situação não inspira carona para amigos ou filhos, o
espaço tampouco. Atrás, mal
cabem dois adultos médios.
Quem gosta de esportividade
vai se sentir em casa. A sensação é de carro de corrida. O motorista dirige envolvido pela
carroceria e perto do chão, mas
a linha de cintura alta e as colunas prejudicam a visibilidade.
Sem frescura
Melhor na B180, cuja a posição de dirigir é elevada e a área
envidraçada, maior. Já o 118i
tem presença. Carrega a ousadia da era Chris Bangle, que revolucionou o design da marca.
O acabamento tem a qualidade que se espera de marcas sofisticadas. Estão lá ar-condicionado, direção elétrica, acendimento automático dos faróis e
controles no volante.
O sistema multimídia também é de série, mas é mais caprichado na Mercedes.
No 118i, o banco mistura tecido e couro e os ajustes não são
elétricos, como na B180. Nem
por isso menos confortáveis.
Em ambos, esqueça faróis de
xenônio, tetos solares elétricos,
sensores de obstáculo e outros
mimos de carros "premium" -
a ideia aqui é economizar.
Sem feijoada, o teste Folha-Mauá levou os dois para a pista
e viu, sob o capô, economias.
BMW e Mercedes cederam os carros para teste
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