São Paulo, domingo, 07 de setembro de 2008

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hatch - compacto

Brasil compra robustez do Gol há mais de 20 anos

DA REDAÇÃO

Atire a primeira pedra quem não queria ter o sucesso que o Volkswagen Gol tem. Afinal, desde 1987 ele aparece em primeiro lugar em qualquer ranking de vendas no Brasil.
Fabrício Biondo, gerente de marketing e vendas da Volkswagen, enxerga no Gol os principais pontos que o brasileiro espera de um carro: robustez e custo de manutenção baixo.
"Ele também é "pão quente" no mercado de usados", diz Biondo. De acordo com o Datafolha, o Gol 1.0 (o mais vendido) desvalorizou, em média, 0,95% nos últimos dois anos.
Ainda assim, o Gol contraria uma das premissas básicas do mercado. Ao longo de sua vida, passou por poucas grandes mudanças -"providenciais", segundo o gerente da VW.
A primeira grande transformação foi em 1994, quando ganhou a geração "bolinha". A segunda ocorreu em julho, com troca de plataforma e da posição em que o motor é colocado.
Paulo Sérgio Quartiermeister, professor de gestão de marcas da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing), diz que o design, no Brasil, pesa muito, mas que o Gol tem outras associações com que o mercado se preocupa, como a durabilidade e a rede de concessionários da VW, hoje com mais de 600 pontos.
"O Gol também sempre foi o favorito de frotistas", acrescenta o professor. No mês passado, foram emplacados 10.237 Gol para pessoas físicas e 16.876 unidades para as jurídicas.
Mas a reestilização atual tem levado às revendas mais mulheres -com um empurrãozinho de Gisele Bündchen- e quem já teve um Gol há muito tempo e resolveu voltar a tê-lo.

Clientes
O Gol era visto como masculino, mas "hoje tem design e itens inovadores", como o opcional toca-MP3, diz Biondo.
O sucesso da reestilização é mensurável. Em janeiro, a diferença de vendas do Gol para o Fiat Palio foi de 4.060 unidades. Em agosto, a vantagem do VW subiu para 11.333.
Considerado mais importante que o próprio Fusca na história da montadora e uma das marcas mais valiosas do Brasil, o Gol prova que é mesmo vendido por suas qualidades quando não está andando. A versão "popular", de acordo com o teste Folha-Mauá, precisa de 20,14s até os 100 km/h quando abastecida com gasolina.
Por outro lado, como um bom "popular", é bastante econômico. (JOSÉ AUGUSTO AMORIM)


Todos os carros testados nesta edição foram cedidos pelas montadoras
INSTITUTO MAUÁ DE TECNOLOGIA
www.maua.br
0/xx/11/4239-3092


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