São Paulo, domingo, 07 de setembro de 2008

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sedã - compacto

Bagageiro e preço compensam 13 anos do Classic

FABIANO SEVERO
DA REPORTAGEM LOCAL

A Fiat não é a líder do mercado à toa. Atua bem em vários segmentos de volume e adotou o truque do "carro gêmeo". Ou seja, renova o Palio e mantém a versão anterior em linha.
À Chevrolet restou copiar a idéia -e agora à Volkswagen também, com o novo Gol. A primeira manteve o Corsa "bolinha" três-volumes, fabricado aqui desde 1995, e trocou a plataforma para o novo Corsa. Resultado: o mais atual ganhou o nome de Corsa Sedan, e o velhinho se contentou com Classic.
Querendo ou não, ainda é o Classic que segura as pontas da família. Depois do Celta, é o Chevrolet mais vendido no país, com 9.998 unidades comercializadas em agosto. O Celta registrou 11.291 unidades, e o Corsa Sedan, apenas 2.334.
Hermann Mahnke, gerente de marketing do produto da General Motors, vê: "O Classic é mais razão e menos emoção".
Em outras palavras, motiva o cliente que busca no carro zero-quilômetro uma boa relação custo/benefício. Por a partir de R$ 27.208, oferece motor 1.0 flexível de até 72 cavalos e desempenho melhor do que a média dos "populares".
O câmbio curto faz o torque (força) de 9,0 kgfm (com álcool) levar o Classic a 100 km/h em 14,79s, afere o teste Folha-Mauá. Com gasolina, precisou de apenas 20 décimos a mais, mesmo com a taxa de compressão alta para um motor "flex".
Ainda com gasolina, tem um dos menores consumos: na estrada, registra 17,2 km/l. Com álcool, faz 12,1 km/l, o que, sem abusar do acelerador, gera autonomia de 500 km.
Mas o que faz do Classic um custo/benefício interessante é o porta-malas de 390 litros, maior que o do Honda Civic.

Carrinho de bebê
"Há dois meses, ele [Classic] sofreu uma pequena reestilização. Mudou, entre outras coisas, a grade. É uma mudança pequena, mas o cliente percebe", diz Mahnke.
Mas não serão uma grade adaptada pintada de preto e uma grande "gravata" dourada quem fará isso. Pelo menos na opinião da dona-de-casa Maria Aparecida Kastrup, 34. Ela nem sabia que o seu Classic havia ganhado uma versão 2009.
"Não percebi a mudança, mas não muda nada. O que importa é que ele [Classic] continua com preço bom e um porta-malas para levar o carrinho de bebê sem problemas", acredita ela, mãe de duas meninas.
Antes de comprar o sedã, Kastrup tinha um Palio Fire, mas criticava o bagageiro pequeno. "Dava muito trabalho."
Pelo visto, enquanto for líder, o Classic manterá o espaço por alguns anos. "A plataforma não tem prazo de validade. Pode ser atualizada e continuar em linha por muito tempo", diz Mahnke.


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