São Paulo, domingo, 07 de setembro de 2008

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"Queridinhos" repetem sucesso entre os usados

SpaceFox, por exemplo, tem boa procura, mas demora a ser vendida

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Ser o carro zero-quilômetro mais vendido, em geral, é um benefício a mais na hora de revendê-lo. Mas, como toda regra tem sua exceção, a Citroën Xsara Picasso e a Renault Mégane Grand Tour têm uma procura fraca, aponta o Sindiauto (Sindicato do Comércio Varejista de Veículos Usados).
"O mercado de carros usados é o reflexo do de zero-quilômetro", observa Márcio José Fonseca, 34, gerente de vendas da Sinal. "Veja o exemplo do Honda Civic: ele tem boa aceitação, sendo novo ou não."
Mas a versão e a cor também são determinantes. O mecânico Douglas Stasenko de Lima, 36, conta que, quando foi comprar seu EcoSport 2004, fugiu da versão 1.0 Supercharger, que nem é mais fabricada.
"Fiquei com o motor 1.6 porque o outro era fraco para o peso do utilitário esportivo."
Já Pedro Nimer Filho, 43, presidente da Associação dos Lojistas de Veículos Automotores do Noroeste Paulista, lembra que a preferência do consumidor varia conforme a região.
"Na cidade de São Paulo, o mercado é mais amplo e eclético. Revender um Chevrolet Classic 1.6 de cor verde, por exemplo, seria mais complicado no interior", acredita.
Outras duas tendências do mercado de novos que se repetem no de usados são os motores bicombustíveis e os veículos com quatro portas.
Depois de anunciar a sua Fiat Strada 1999, Felipe Sanches, 24, diz que o telefone dele não pára de tocar e que a pergunta é a mesma: "É "flex'? Se fosse, já teria negociado o carro".
O comerciante Paulo Vasconcelos, 38, está com dificuldade para vender seu Volkswagen Gol 2004 porque ele tem duas portas. "Nem o desconto de R$ 2.200 [cerca de 11%] em relação ao preço de tabela foi suficiente." (FELIPE NÓBREGA)


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