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Elétrico, Nissan Leaf desbanca GM Volt
Hatch japonês chega aos EUA para massificar o uso de elétricos
Por US$ 33,6 mil, Leaf é mais barato que Volt, mas tem autonomia de apenas 160 km, contra 560 km do GM híbrido
FERNANDO VALEIKA DE BARROS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA,
DE NASHVILLE (EUA)
O Nissan Leaf é o primeiro
automóvel com emissão zero
de poluentes a preço acessível a ser lançado nos EUA.
Graças a incentivos para
automóveis mais limpos oferecidos pelo governo federal,
somados a outros subsídios
em Estados como a Califórnia
e a Geórgia, o preço de um
Leaf zero-quilômetro cai de
US$ 33,6 mil para US$ 20 mil.
Na ponta do lápis, é o preço de um carro médio a gasolina nos EUA e quase um
quinto do que se pede pelo
Tesla Roadster, esportivo
com 250 cv, também movido
com a eletricidade e baterias.
Bem mais em conta, o Leaf
é um hatchback com 4,45 m
de comprimento, com toques
de modernidade (como os faróis em relevo, para melhorar
a aerodinâmica), espaço interno para cinco passageiros
e uma lista ampla de itens de
série, como navegação por
GPS, controle de tração e
freios com ABS.
Os bancos, revestidos de
tecido feito de garrafas recicladas, são confortáveis. Tudo sem emitir fumaça pelo
escapamento -que, aliás,
inexiste em carros 100% elétricos, como o Leaf.
Uma vez acionada a ignição, esqueça o ronco vindo
do capô. Com auxílio de uma
luz no painel, a forma de dirigir é a mesma de qualquer
carro convencional automático: basta selecionar "D"
(para ir em frente) ou "R" (para ré) e pisar no acelerador.
Logo nos primeiros quilômetros percebe-se que o Leaf
é mais esperto nas retomadas
do que um carro equivalente
com motor a combustão.
À medida que sobem os giros do motor elétrico, o desempenho se estabiliza, mas
continua eficiente para um
carro com 107 cv. Na aceleração de 0 a 100 km/h, crava
11,5s e chega a 150 km/h de
máxima, segundo a Nissan.
RECARGA
As rodas do modelo são
acionadas por um motor elétrico alimentado por baterias
de íons de lítio. São similares
às de um celular. No Leaf, a
autonomia é de 160 km.
Na função "Eco", o tempo
de resposta do motor é
maior, e o sistema de recuperação de energia dos freios
ajuda a rodar 15% a mais.
Está aí o calcanhar de
aquiles dos elétricos. Até
mesmo quem roda metade
dessa distância diariamente
reclama que 190 km de autonomia é pouco, em comparação com carros a gasolina.
Outra barreira é a demora
para reabastecer o Leaf: recarregar 100% das baterias
significa até oito horas conectado a tomada de 220 V.
Eis dois desafios para convencer os americanos a acreditarem nos elétricos (20 mil
deles, que fizeram pré-pedidos, parecem convencidos).
O jornalista viajou a convite da Nissan, que
cedeu o Leaf para avaliação
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