DO ENVIADO ESPECIAL A PORTO ALEGRE

Parece conto de terror. Quando você pensa que ele está morto, ele ressuscita. Depois de 20 anos de estrada e dado como alma penada desde 1996, quando foi lançado o Fiat Palio, o Mille passa por sua primeira grande plástica. Mantém, porém, sua arma para continuar vivo no mercado: o preço.
A Fiat investiu R$ 75 milhões nas novas frente e traseira do modelo. Promete não repassar nada aos valores de R$ 15.990 (duas portas) e R$ 17.130 (quatro). Completo, sai por R$ 22.009,47. A esperança é aumentar a média mensal de 8.000 unidades vendidas registrada em 2003 -desde 1984, já foram comercializados 1,9 milhão de Uno no Brasil.
Pára-choque dianteiro e grade passam a ser integrados. Os faróis agora são uma peça única, incorporando os piscas. A traseira ficou mais limpa, com lanternas maiores. O objetivo é aumentar a sensação de robustez e dar a mesma identidade da gama Fiat.
O "popular" também ganhou inovações no quesito equipamentos. É a primeira vez que terá, opcionalmente, pára-choques pintados na cor do veículo (R$ 380,29) e direção hidráulica -ela será vendida nas concessionárias por um preço estimado de R$ 1.400.
A mudança mecânica do novo Palio não deu as caras por aqui. O Mille continua equipado com o motor 1.0 Fire, que gera 55 cv (cavalos) e 8,5 kgfm de torque (força) a baixas 2.500 rpm. A fábrica justifica que é a melhor relação entre torque e peso da categoria.
Do "irmão" Palio Fire herda o grafismo do painel e o hodômetro digital. Os bancos, as laterais das portas e o teto ganharam novo revestimento. A Fiorino e o Uno Furgão também saem da linha de montagem com a frente do novo Mille. (JOSÉ AUGUSTO AMORIM)

José Augusto Amorim viajou a convite da Fiat Automóveis


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