São Paulo, domingo, 08 de abril de 2007

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peças & acessórios

Posição do alto-falante dá qualidade ao som

Instaladores mostram que local das caixas é fundamental para bom áudio; equipamentos custam R$ 3.100

DA REPORTAGEM LOCAL

Som automotivo de qualidade é quase um conceito subjetivo. Há aqueles que, com o porta-malas repleto de caixas acústicas, têm a certeza de ter o melhor projeto acústico.
Outros, com equipamentos que chegam a 50% do valor do carro, também crêem que podem ligar o som e agradar aos maestros mais exigentes.
Mas, afinal, qual é o melhor projeto de som? A Iasca (sigla em inglês para associação internacional de desafios em som automotivo) existe exatamente para dizer o que é um som de qualidade em automóveis.
Três juízes da Iasca foram convidados para analisar dois projetos de som. Detalhe: carros e equipamentos eram idênticos. Além da Volkswagen, que cedeu dois Fox, as lojas paulistanas Carangos e Flash Wheels foram chamadas para o desafio, que levou dois dias.
"Queríamos mostrar que, com o mesmo toca-CDs vendido nas concessionárias, era possível criar um projeto profissional", explica Eduardo Hirai, supervisor de vendas e consultor técnico da Clarion.

"Pezinho" salvador
A empresa doou o sistema de som completo, com um toca-CDs e MP3 (R$ 540), um kit com dois alto-falantes de seis polegadas e dois "tweeters" (R$ 590), um amplificador de quatro canais (R$ 1.120), um equalizador (R$ 388) e um "subwoofer" de 12 polegadas (R$ 450).
"Para a Iasca, não adianta fazer um trio elétrico. Eles buscam qualidade de som com o efeito de palco sonoro [quando os instrumentos de uma banda parecem tocar sobre o painel do carro]", diz Marco Fujii, gerente de instalação da Flash Wheels, que venceu o desafio.
Fujii explica que, nesse caso, a posição dos alto-falantes é o que determina a sensação de estar de frente para um palco profundo e largo. "Usamos o alto-falante médio no "pezinho" [onde o motorista descansa o pé esquerdo] e o "tweeter" nas colunas da frente."
Para reforço dos sons graves, a loja investiu em uma caixa selada de 47 litros para o "subwoofer", que tomou quase a metade do porta-malas do Fox. "Em computador, projetamos a litragem da caixa para conseguir um grave reforçado."
Além disso, cabos separados -dois laterais e dois centrais- ligam os alto-falantes ao amplificador sem interferências.
Se fosse na loja, todo o serviço da Flash Wheels custaria cerca de R$ 3.000, fora os R$ 3.088 dos equipamentos.

Originais
Dario Rodrigues de Souza, gerente da Carangos, preferiu manter os locais originais dos alto-falantes dianteiros e construir uma caixa menor para os graves. "Aproveitamos que o estepe do Fox fica virado para baixo e fizemos a caixa do "subwoofer" embutida. Assim não tiramos espaço do bagageiro."
O gerente diz também que todo o serviço de mão-de-obra custaria cerca de R$ 1.500. Esse valor, para o cliente comum, traz uma relação custo/benefício melhor. Ou não, diria João Gilberto. (FABIANO SEVERO)


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