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peças & acessórios
Posição do alto-falante dá qualidade ao som
Instaladores mostram que local das caixas é fundamental para bom áudio; equipamentos custam R$ 3.100
DA REPORTAGEM LOCAL
Som automotivo de qualidade é quase um conceito subjetivo. Há aqueles que, com o porta-malas repleto de caixas
acústicas, têm a certeza de ter o
melhor projeto acústico.
Outros, com equipamentos
que chegam a 50% do valor do
carro, também crêem que podem ligar o som e agradar aos
maestros mais exigentes.
Mas, afinal, qual é o melhor
projeto de som? A Iasca (sigla
em inglês para associação internacional de desafios em som
automotivo) existe exatamente
para dizer o que é um som de
qualidade em automóveis.
Três juízes da Iasca foram
convidados para analisar dois
projetos de som. Detalhe: carros e equipamentos eram idênticos. Além da Volkswagen, que
cedeu dois Fox, as lojas paulistanas Carangos e Flash Wheels
foram chamadas para o desafio,
que levou dois dias.
"Queríamos mostrar que,
com o mesmo toca-CDs vendido nas concessionárias, era
possível criar um projeto profissional", explica Eduardo Hirai, supervisor de vendas e consultor técnico da Clarion.
"Pezinho" salvador
A empresa doou o sistema de
som completo, com um toca-CDs e MP3 (R$ 540), um kit
com dois alto-falantes de seis
polegadas e dois "tweeters" (R$
590), um amplificador de quatro canais (R$ 1.120), um equalizador (R$ 388) e um "subwoofer" de 12 polegadas (R$ 450).
"Para a Iasca, não adianta fazer um trio elétrico. Eles buscam qualidade de som com o
efeito de palco sonoro [quando
os instrumentos de uma banda
parecem tocar sobre o painel
do carro]", diz Marco Fujii, gerente de instalação da Flash
Wheels, que venceu o desafio.
Fujii explica que, nesse caso,
a posição dos alto-falantes é o
que determina a sensação de
estar de frente para um palco
profundo e largo. "Usamos o alto-falante médio no "pezinho"
[onde o motorista descansa o
pé esquerdo] e o "tweeter" nas
colunas da frente."
Para reforço dos sons graves,
a loja investiu em uma caixa selada de 47 litros para o "subwoofer", que tomou quase a
metade do porta-malas do Fox.
"Em computador, projetamos a
litragem da caixa para conseguir um grave reforçado."
Além disso, cabos separados
-dois laterais e dois centrais-
ligam os alto-falantes ao amplificador sem interferências.
Se fosse na loja, todo o serviço da Flash Wheels custaria
cerca de R$ 3.000, fora os
R$ 3.088 dos equipamentos.
Originais
Dario Rodrigues de Souza,
gerente da Carangos, preferiu
manter os locais originais dos
alto-falantes dianteiros e construir uma caixa menor para os
graves. "Aproveitamos que o
estepe do Fox fica virado para
baixo e fizemos a caixa do "subwoofer" embutida. Assim não
tiramos espaço do bagageiro."
O gerente diz também que
todo o serviço de mão-de-obra
custaria cerca de R$ 1.500. Esse
valor, para o cliente comum,
traz uma relação custo/benefício melhor. Ou não, diria João
Gilberto.
(FABIANO SEVERO)
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