São Paulo, domingo, 08 de agosto de 2004

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ELIANA

Fumaça acordou apresentadora

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Mais de 3.000 quilômetros de estradas nem sempre confiáveis separam São Paulo de Fortaleza. Para o cearense José Ercílio Bezerra, doido para fazer uma visita ao Estado natal, essa distância era fichinha. Ele só se esqueceu mesmo de perguntar a opinião de sua fiel Volkswagen Brasília bege.
Em meados da década de 80, Bezerra pegou a mulher e as duas filhas, carregou as bagagens no lombo da Brasília e tocou para o Ceará. Algumas centenas de quilômetros mais tarde, porém, o motor do veículo pediu arrego, liberando uma espessa cortina de fumaça em seu interior. Era a demonstração de sua total insatisfação com a longa viagem.
A caçula, que dormia no banco de trás, bem que sentiu o estofado esquentar. "Mas, quando eu vi, minha mãe já estava me acordando, naquele desespero para me tirar do carro", lembra a apresentadora infantil Eliana, 30, na ocasião com tenros cinco anos de idade.
A Brasília teve de passar pelos dedinhos de vários mecânicos antes de seguir rumo à Fortaleza. Ao cabo de três dias, Bezerra e a família finalmente desembarcaram na capital cearense, mas não é preciso dizer que, para a menina, a cota de emoção já havia sido preenchida no caminho.
"Esse incidente virou o evento da viagem, sem dúvida", lembra ela, 25 anos mais tarde. Não é à toa que seu protagonista tenha, para Eliana, tornado-se o automóvel-referência do pai. "Foi o carro de minha infância", afirma a apresentadora do "Eliana e Alegria", da Record.


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