Representante da Hyundai quer fabricar novo utilitário junto com velho, em Goiás

DE SÃO PAULO

Muitos europeus ficam boquiabertos quando descobrem que, no Brasil, ainda se produzem Kombi, Mille, Clio 2, Astra 2, Golf 4.
São carros que, na Europa, já saíram de linha ou mudaram por completo há anos -alguns, há décadas.
Salvo em raríssimas exceções, o mercado brasileiro reinventa coisa velha e lança coisa nova como se fosse a última maravilha do mundo.
Em geral, lançam o adjetivo "new". É assim: o Fiesta abrasileirado vai conviver com o New Fiesta mexicano ainda neste mês sem briga.
Algo parecido ocorre com a Hyundai. Ao menos, pouparam o "new". Vão chamar o novo Tucson de ix35, nome do projeto na Coreia do Sul.
De fato, o carro é completamente novo e com um design fluido nunca antes visto em montadoras emergentes.
Fica ainda mais evidente quando colocam o ix35 ao lado do Tucson. Parecem carros de décadas diferentes. E são, segundo a Hyundai.
O ix35 chega como modelo 2011 e não aposenta o Tucson 2010, que está sendo montado em CKD (conjuntos desmontados) na fábrica do grupo Caoa em Anápolis (GO).
Aliás, o vice-presidente Annuar Ali planeja montar o ix35 lá a partir de 2012.

PREÇO
Na sucessão, o "old" Tucson 2.0 despencou e agora parte de R$ 68,9 mil. Com esse valor, não há jipinho como o Ford EcoSport para brigar.
O ix35 vai jogar acima. Sairá por R$ 88 mil, com motor 2.0 (163 cv) e câmbio manual raro no segmento. Automático, sobe para R$ 93 mil e R$ 115 mil -com teto panorâmico, oito airbags e tração 4x4.
Um preço alto para quem quer vender 40 mil carros por ano. Também choca contra o próprio Santa Fé e o novo Kia Sorento (sete lugares). Afinal, Hyundai e Kia formam o mesmo grupo na Coreia do Sul e compartilham as bases mecânicas. (FABIANO SEVERO)

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