São Paulo, domingo, 09 de maio de 2010 |
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Classic aperta motorista, mas anda mais que Logan
Renault vence pelo espaço interno, digno de um Toyota Corolla; Logan e Classic têm acabamentos rústicos e pouco conforto para cinco pessoas
RICARDO RIBEIRO COLABORAÇÃO PARA A FOLHA Se Fred Flintstone resolvesse comprar um sedã, o Renault Logan e o Chevrolet Classic seriam fortes candidatos. Com pouco apego a conforto e a curvas, mas precisando de espaço para levar a família, eles são hoje os sedãs mais baratos do mercado. Também são as primeiras opções para quem pretende abandonar os hatches para comprar um sedã. Os dois mudaram, de aparência e de preço. As leves alterações estéticas não empolgam, mas deixam o Logan menos sisudo. A dianteira segue a dos modelos da Dacia, braço romeno da Renault. A montadora ainda baixou o preço para R$ 28.690 para elevar as vendas fracas. O veterano da Chevrolet também mudou. É a primeira reestilização do modelo desde que foi lançado, há 15 anos. As linhas seguem as do antigo Sail, nome do Corsa chinês. Lá, porém, ele foi aposentado com a chegada do novo, deixando a "novidade" brasileira com cheiro de naftalina. O Classic sai por R$ 28.294. Na pista de teste, porém, há mais diferenças do que os R$ 400 que o separam do Logan. O motor 1.0 de oito válvulas e até 78 cv leva o Classic a 100 km/h em 14,4s -3s mais rápido que o Logan, aponta o teste Folha-Mauá. Nas retomadas, o Renault é ainda mais lento. Precisa de 5s a mais para ir de 80 km/h a 100 km/h. Com gasolina, a diferença aumenta. O Logan é prejudicado por sua principal virtude. É 30 kg mais pesado, 28 cm mais alto e tem 19 cm a mais de entre-eixos. Em briga de 1.0, faz toda a diferença: o motor de 16 válvulas e até 76 cv com álcool sofre. As medidas garantem um espaço interno muito superior ao do Classic. É grande o suficiente para o motorista fazer ioga e aceitar o design antiquado e a falta de conforto do Renault. Mesmo aposentado na China, o Classic tem curvas agradáveis. Mas é tão estreito que o motorista esbarra o cotovelo no carona ao trocar de marcha. Idade da pedra No banco traseiro, três ocupantes viajam bem apertados. O porta-malas do Logan leva fartos 510 litros. Os 390 litros do Classic não são ruins, mas é preciso lidar com os "pescoços de ganso" -braços articulados que amassam as malas. O sedã da Chevrolet tem câmbio com engates precisos. Já o do Logan treme como rabo de lagartixa. Nos dois modelos, o acabamento é rústico. Não fosse pelo assoalho, Fred estaria em casa. Ambos abusam do plástico áspero e têm listas de equipamentos de série menores que escalação de futebol de salão. O interior do Classic não mudou. No Logan, o painel do Sandero, com imitação de computador de bordo, ajuda a engolir o resto da cabine. As montadoras cederam os carros para teste INSTITUTO MAUÁ DE TECNOLOGIA www.maua.br 0/xx/11/4239-3092 Texto Anterior: Fiat unifica Mille e Uno para crescer 10% e roubar liderança do Gol Próximo Texto: Por que o Logan Índice |
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