São Paulo, domingo, 09 de maio de 2010

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Nos EUA, álcool na gasolina destrói motor

Obama vai aumentar índice de 10% para 15%, mas montadoras e indústria do petróleo discordam

DO "NEW YORK TIMES"

O plano do governo Obama de aumentar de 10% para 15% o percentual de álcool na gasolina poderá danificar os motores dos automóveis americanos e ainda elevar seus índices de poluição. É o que argumentam as montadoras nos EUA.
A mudança na fórmula do combustível americano deve ser aprovada nas próximas semanas pela Agência de Proteção Ambiental (similar ao Ibama, no Brasil), que quer incentivar o consumo de energias renováveis naquele país.
As montadoras, contrárias à mudança desde que a proposta foi sugerida, no ano passado, argumentam ter realizado testes confirmando que metade dos motores apresentaram problemas mecânicos após serem abastecidos com a gasolina com 15% de álcool.
Segundo C. Coleman Jones, gerente de biocombustíveis da GM, houve aumento da temperatura de funcionamento dos motores e deterioração dos catalisadores que filtram gases tóxicos no escapamento.
Para os fabricantes de automóveis, a agência federal deveria esperar pelo menos até o fim de 2011, para que testes completos possam ser realizados. A decisão final, porém, deverá sair no meio deste ano.
Se isso ocorrer, os EUA deverão reduzir a importação e a dependência do petróleo.
Esse é o pano de fundo, acreditam produtores de álcool de milho. Eles argumentam que não haverá problema em carros a gasolina utilizarem 5% a mais de álcool. Mesmo assim, a indústria do petróleo pressiona pelo adiamento.
Na quarta-feira, representantes dos dois lados voltarão a se reunir com o governo para decidir a mistura exata dos combustíveis.


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