São Paulo, domingo, 09 de junho de 2002

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LANÇAMENTO

Nissan tenta saltar de 2,2% para 15% no setor de picapes médias

Agora brasileira, Frontier busca mercado de 2 dígitos

Divulgação
Fabricada no PR, a Nissan Frontier terá motorização de 132 cavalos e duas versões de acabamento


ALADIM LOPES GONÇALVES
ENVIADO ESPECIAL A NATAL (RN)

Daqui a duas semanas, chega às lojas a picape Frontier, primeiro modelo produzido pela japonesa Nissan no Brasil, mais exatamente em São José dos Pinhais (PR).
Surge como mais uma opção em um mercado disputado, o de picapes médias, cuja liderança é dividida entre a Chevrolet S10 e a Ford Ranger, mas que conta com as também de origem japonesa Toyota Hilux e Mitsubishi L200.
A expectativa da Nissan no país é aumentar a sua participação no mercado de picapes, dos atuais 2,2% para 15% em até dois anos.
A Frontier nacional terá duas versões a diesel com cabine dupla: XE (mais simples, com ar-condicionado e direção hidráulica) e SE (traz, além dos itens oferecidos pela XE, trava elétrica e toca-CDs, por exemplo). Os preços, de acordo com a montadora, ainda não foram definidos. Devem ficar entre R$ 50 mil e R$ 70 mil.
Essas versões só variam em acabamento. Pela motorização responde o mesmo MWM turbodiesel intercooler, de 2.798 cm3, que gera uma potência de 132 cv (cavalos) a 3.600 rpm e torque (força) de 34,7 kgfm a 1.800 rpm.

Entre as rivais
No quesito potência, ela ganha da L200 e da Hilux (88,2 cv e 116 cv, respectivamente), iguala a Chevrolet S10 (132 cv), mas perde para a Ford Ranger (de 135 cv).
Durante seu lançamento oficial, em Natal (RN), a Folha pôde avaliar o desempenho da Frontier num percurso de cerca de 150 quilômetros de asfalto e terra, incluindo alguns trechos sobre a areia fofa das dunas potiguares.
Ao assumir a posição de motorista, aparece a primeira dificuldade: o banco não possui ajuste de altura, um empecilho para pessoas de estatura mais baixa.
No percurso rodoviário, o veículo se mostrou bastante confortável e estável, mas o câmbio exige um certo tempo para adaptação. Para selecionar o ponto morto, a alavanca fica numa posição mais acima, não no centro. Além disso, ao engatar a terceira marcha, às vezes entra a quinta.
Os freios, que utilizam sistema ABS (antitravamento) nas quatro rodas, são eficientes. As respostas se mostraram precisas.
No trecho de terra, a tração 4x4 surpreendeu. Apesar de a picape ter ficado atolada na areia fina das dunas por três vezes, bastaram algumas manobras de ré na posição "low" (reduzida) para retirá-la.
A Frontier nacional é baseada no veículo produzido nos EUA, lançado no Salão de Chicago, em 2000, que vinha sendo importado.

Aladim Lopes Gonçalves viajou a convite da Nissan do Brasil


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