São Paulo, domingo, 09 de junho de 2002

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CARTAS

Insatisfação com a Peugeot
"Venho apresentar a minha insatisfação em relação à maneira como a Peugeot do Brasil trata seus clientes. No dia 22 de janeiro de 2001, comprei um 106 zero- quilômetro na Le Pont Veículos. No dia 2 de fevereiro, notei uma deficiência na caixa de marchas, pois, quando o carro sofria trepidação, soltavam a terceira, a quarta e a quinta. O veículo foi encaminhado à oficina, e um teste foi realizado em lugar plano, não tendo apresentado o defeito. Retornei quatro dias depois, reclamando do mesmo defeito. Voltei inúmeras vezes, sem que nada fizessem. Procurei outra autorizada, a Savoie, onde foi detectado o defeito. O carro foi entregue, mas só piorou. Fui ao Procon [Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor". Na audiência, em maio do ano passado, a proposta da Peugeot foi manter a garantia. Fiquei indignado, disse que só aceitava a troca do produto. Voltei várias vezes à Savoie. Pediram que procurasse a Le Pont, onde diziam que não havia defeito. Nada ficou resolvido. Já escrevi para o diretor-superintendente da Peugeot do Brasil, passei vários fax e dei vários telefonemas para o 0800. Escrevi para a diretoria da Peugeot na França, sem solução. Entrei no Juizado de Pequenas Causas pedindo a troca do veículo, mas a juíza encerrou o processo julgando-se incapaz para finalizar o mérito. Em nada me ampararam para uma solução digna."
Luiz Carlos de Alencar Lopes
(Niterói, RJ)

Resposta - A Peugeot do Brasil diz ter realizado um levantamento do caso do leitor na concessionária Le Pont. Segundo a fábrica, a equipe técnica da autorizada constatou a necessidade da troca do calculador da caixa de câmbio. "Para minimizar os transtornos, a Peugeot Citroën S.A., a título de cortesia, disponibilizou a peça, sem ônus ao cliente. Os problemas foram sanados, e o veículo, retirado em perfeito estado", afirma nota da empresa, que diz ainda estar à disposição pela Central de Atendimento Especializado Peugeot, pelo tel. 0800-7032424.

Réplica - Consultado pela Folha, o leitor disse que a Le Pont "não fez nada". "Não recebem mais o meu carro. Hoje ele não engata a primeira, solta a terceira e não engata a ré", afirma. Segundo Lopes, que ainda quer a troca do veículo, o automóvel também apresenta barulho na suspensão e não aceita mais alinhamento. "Abriram a caixa de câmbio duas vezes, e o defeito só mudou."

Kit para vidro da Scénic
"Ao chegar de uma viagem, verifiquei que o vidro da minha Scénic não fechava mais. Levei o carro à concessionária França e soube que a peça que sustenta o vidro havia quebrado e que teria de adquirir um kit da máquina do vidro, que custa R$ 532,02. A Renault não fez a revisão de um ano, em fevereiro, pois a achava desnecessária. Será que é correta a troca desse kit?"
Ana Cristina Paiva De Luca
(São Paulo, SP)

Resposta - A Renault diz que a cortesia não foi oferecida à cliente pelo fato de a peça ter sido quebrada. Segundo a montadora, o conjunto do vidro elétrico é entregue à fábrica montado pelo fornecedor, o que não permite sua comercialização em separado.

Gambiarra no Mille
"Adquiri um Mille Fire em agosto do ano passado. Nesta semana, quebraram o retrovisor do meu carro e não consegui recuperá-lo. Fui à concessionária de Ribeirão Preto, mas não tinham o retrovisor. Passei a fazer contato com toda a rede Fiat da região. Ninguém possuía o acessório. Foi preciso fazer uma gambiarra, dependurando um espelho até que se encontre o retrovisor original."
Oscar Fleury Curado
(Ribeirão Preto, SP)

Resposta - A Fiat diz que soube que o cliente já havia adquirido a peça em uma autorizada.

Réplica - O leitor confirma a informação e diz ter procurado a peça em 14 revendas.


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