Febre na Europa, "supermotard" é ágil e econômica; são 54 cv e 147 kg

DO ENVIADO ESPECIAL A PIRACICABA

A palavra francesa "supermotard" indica as motos de enduro com pneus e freios de esportiva -e soa estranho até para os fãs de duas rodas. Mas, na Europa, já são veneradas. Lá, todas as montadoras têm suas "supermotards", que hoje chegam ao Brasil a conta-gotas.
Caras e importadas, há poucas opções: a Gas Gas SM450 (R$ 29 mil) e as Husqvarna SM510 (R$ 31,4 mil), SM610 (R$ 29,4 mil) e 450RR (R$ 53,4 mil).
A BMW G650 Xmoto -cuja carenagem tem desenho semelhante ao das Husqvarna- chega por R$ 40,9 mil (só na cor grafite com detalhes vermelhos). Os freios com ABS (antitravamento) custam R$ 4.000. A Xmoto e a Xchallenge vêm com motores monocilíndricos de 652 cm3 de cilindrada e 54 cv (cavalos). Eles são produzidos pela Aprilia, na Itália.
Com 147 quilos, a relação peso/potência deixa a moto bem ágil em curvas fechadas. "Incluindo a G650 de enduro, queremos vender 80 motos até dezembro deste ano", calcula Henning Dornbusch, presidente da BMW do Brasil.

Made in USA
Além do preço, o outro senão é o tanque de combustível. Segundo a BMW, há capacidade para 9,5 litros -a média de consumo é de 20 km/l. Para uma moto urbana apta a viagens curtas, rodar menos de 200 km com um tanque é pouco.
O estilo "supermotard" nasceu nos anos 70 nos EUA. A intenção era organizar uma corrida entre pilotos de várias categorias e descobrir qual seria a moto ideal para terra e asfalto.
Depois dos EUA, a moda pegou na França no início dos anos 90, até se espalhar pela Europa. Hoje há campeonatos mundial, europeu e até brasileiro de "supermotard".