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São Paulo, domingo, 09 de novembro de 2003

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HATCH 1

Para combater a VW, Fiat antecipa o lançamento do carro, que tem motores 1.0, 1.3 Flex e 1.8 e custa a partir de R$ 20 mil

De olho no Fox, Palio chega bem equipado

Roberto Assunção/Folha Imagem
Os faróis do novo Palio passam a ter contorno irregular; a grade é toda "furadinha", no estilo de um ralador, e seu contorno é cromado na versão HLX


JOSÉ AUGUSTO AMORIM
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Os últimos dois meses do ano prometem uma briga acirrada na venda de veículos. De olho no primeiro lugar do ranking, a Volkswagen lançou seu compacto Fox. Acabou obrigando a Fiat a antecipar o lançamento da terceira geração do Palio, previsto inicialmente apenas para 2004.
Como também quer ser a líder de mercado -e o Palio é seu principal produto-, a Fiat tratou de preparar um carro para entrar no rol dos compactos premium, principalmente com o motor 1.8. Agora, a única opção de acabamento é a HLX, nomenclatura que até então só existia no Marea.
Estão na lista de itens de série computador de bordo, direção hidráulica, My Car Palio -"herdado" do Stilo, configura várias ações do veículo-, trava e vidros dianteiros elétricos e comando interno de abertura do porta-malas e do tanque de combustível.
Os opcionais incluem regulagem elétrica do banco do motorista, airbag (bolsa de ar que infla em batidas) lateral, toca-CDs e MP3 e espelho eletrocrômico, que escurece quando a luz o atinge.
Opcionais no Palio, acendimento automático dos faróis e sensor de chuva são de série no Peugeot 206 Techno (R$ 32.310). As revendas Ford já vendem MP3 como acessório do Fiesta desde o lançamento do compacto, em 2002. No Fox topo de linha (R$ 26.750), os bancos que correm sobre trilhos vêm de série.

Flexível
Apesar de não divulgar o "mix" inicial de produção das motorizações, a 1.8 deve representar a menor fatia de vendas. A maior aposta da Fiat é no propulsor 1.3, que chega exclusivamente com o sistema bicombustível -é preciso encomendar caso o cliente queira só a gasolina. Usando "petróleo", a potência é de 70 cv (cavalos). Com álcool, sobe um cavalo.
São valores bastante próximos aos da opção de entrada. O motor 1.0 ganhou acelerador eletrônico e sofreu alterações no comando de válvulas e nos pistões. Assim, a potência subiu de 55 cv para 65 cv. Também obedece às normas de emissão de poluentes que entram em vigor a partir de 2005.
Mesmo assim, a compra racional deve levar ao Palio Fire, que mantém a carroceria atual e ganha as alterações do propulsor. A versão "popular" é a única que pode ter duas portas, mas só com acabamento EX. Com quatro "entradas", divide a versão ELX com o Palio Flex.
Porém todos os equipamentos do topo de linha não existem aqui. No EX, é preciso pagar para que os cintos de segurança traseiros sejam retráteis. Conta-giros, My Car e vidros elétricos traseiros, entre outros, estão indisponíveis.
Até a conclusão desta edição, a Fiat havia divulgado apenas que a versão de entrada custará R$ 19.970 e que as demais motorizações terão preços competitivos. Hoje, o Palio Fire (com interior da primeira geração) custa R$ 17.390. O preço do 1.0 EX é R$ 21.853; o 1.3 com quatro portas sai por R$ 23.860. Com motor 1.8, o ELX custa R$ 30.295.

Visual
Quem assina o design do novo Palio é Giorgetto Giugiaro, responsável pela família atual. "A idéia é aliar personalidade com um toque de esportividade", diz Renato Saglimbeni, diretor de produto da Fiat. Segundo ele, o Palio terá, entre os compactos, o mesmo impacto que o Stilo teve no segmento dos médios.
O hatchback está sete centímetros mais comprido. O entreeixos não mudou, mas o porta-malas ganhou dez litros a mais de capacidade -agora pode levar 290 litros ou 400 quilos. Na lateral, a única diferença são as maçanetas, semelhantes às do Stilo.
O interior ganhou diversos porta-objetos. Nos bancos traseiros, destaque para os encostos de cabeça, que ficam embutidos quando não há nenhum passageiro. Os dianteiros podem ter descansa-braço na versão HLX.
A ergonomia perde ponto pelo controle de espelhos elétricos. Ficam na posição normal dos reguladores manuais -poderiam estar na porta, como os dos vidros.
"Aumentou em 15% a facilidade de conversar dentro do carro sem aumentar o tom de voz", afirma Appio Aguiari, diretor de engenharia de produto. Ele diz, ainda, que a rigidez da carroceria subiu 24% e que os airbags têm novas costura e abertura para não machucar as vítimas de acidentes.


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