São Paulo, domingo, 10 de abril de 2011 |
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especial deficientes 5 carros 5 deficientes A convite da Folha, pessoas com diferentes deficiências testam os automáticos mais baratos entre hatch, sedã, minivan e utilitário
FELIPE NÓBREGA DE SÃO PAULO Na maior feira de produtos para pessoas com deficiência, a Reatech, que começa na quinta em São Paulo, os carros são a grande sensação. Afinal, simbolizam a independência de muitos deficientes físicos, como a de Cleonice Faria, 25. "Poucos sabem as dificuldades que superamos, e o automóvel é a chave da mobilidade", diz a deficiente, que cruza São Paulo ao volante de um Honda Fit adaptado. Sua paralisia cerebral, no entanto, só afeta os movimentos das pernas e do braço direito, não o seu humor. Modelo fotográfica, Cleo lembra de seu maior apuro. "Foi quando bateram na traseira do meu carro e a cadeira de rodas ficou presa no porta-malas. Ainda bem que eu sou 'flex' e ando também com muletas", brinca. Ela e mais quatro motoristas (com deficiências distintas) avaliaram, a convite da Folha, cinco automóveis com propostas bem diferentes todos com adaptações. Na batalha, a minivan Livina (Nissan), o jipinho EcoSport (Ford), o hatch Gol (VW) e o sedã Siena (Fiat) desafiam a honra do versátil, porém caro, Honda City, eleito o melhor carro do ano para pessoas com deficiência, segundo a Revista Nacional de Reabilitação. Mas, antes de dar seu veredito, a cadeirante Márcia Bueno explica como analisa um carro: de trás para frente. "Primeiro olho se o bagageiro acomoda bem a cadeira de rodas. Depois, a cabine [acesso aos comando, facilidade de embarque] e, por último, desempenho e aparência", conta a administradora. Com 1,30 m de altura, o técnico em informática Leonardo Pinheiro, 30, diz estar acostumado a dirigir com almofada sobre o banco e prolongadores nos pedais. "Fechar a tampa alta do bagageiro de peruas e hatches é complicado. Meu braço não a alcança", reclama. Para ele, os sedãs são mais práticos. Pinheiro, Faria e Bueno se unem para apontar o City como o vencedor do teste. Apesar de ter melhor preço, além de dirigibilidade e espaço interno parecidos com os do Honda, a Livina recebe "só" a medalha de prata, pois esquece de oferecer ajustes de altura do banco e do cinto de segurança, mesmo sendo a versão SL automática, a topo de linha da Nissan. Falta ainda a opinião de mais dois motoristas , que revelam características interessantes sobre os outros três carros de até R$ 45 mil. Próximo Texto: Minha História - Verônica dos Santos Teles de Góis, 28: Só quero tirar a carteira Índice | Comunicar Erros |
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