Serviço, que custa a partir de R$ 10, exige cuidado para não trincar peça

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

"Com tantos buracos pelas ruas, não há roda que resista", reclama o motorista Luiz Antônio da Rocha, 38, que perdeu as contas de quantas vezes recorreu à recuperação da peça para não amargar prejuízos maiores.
Da última vez, desembolsou R$ 300 para restaurar a roda de alumínio do seu Fiat Stilo. "Se fosse comprar um conjunto novo, gastaria R$ 3.800."
Mas, segundo Jeferson Mendes Pereira, 27, da Big Boys Serviços Automotivos, nem toda roda pode ser recuperada. "Uma análise criteriosa precisa ser feita, pois há danos que comprometem definitivamente a peça. Geralmente é possível reverter 90% dos casos."
O serviço leva dois dias e exige que o carro passe por balanceamento e alinhamento. Isso evita a trepidação do volante e o desgaste irregular dos pneus.
Sai mais barato consertar peças de aço, como as que equipam carros "populares". "O serviço é feito com o auxílio de uma marreta e custa a partir de R$ 10", informa Antônio Benetti, 38, da Borracharia P4.
Além dos buracos, outro inimigo das rodas são as guias de rua. Até motoristas mais cuidadosos, vez ou outra, raspam.
"Arranhados tiram a beleza da roda, e uma simples reforma é suficiente para deixá-la com aspecto de nova", diz João Sobrinho, 45, da Hayden Um, que cobra cerca de R$ 80.
Fabricantes de rodas, como a Scorro e a Vaska, não recomendam esses serviços -a reforma é apenas estética, enquanto a restauração corrige a estrutura.
Segundo as empresas, a maioria dos processos compromete a resistência e a segurança da peça, principalmente se forem feitos repetidas vezes. "Há risco de a roda trincar e de desbalanceamento", diz Giovani Sodré, técnico da Scorro.

Caso raro
Mas há casos muito mais complexos. O estudante Guilherme Barrella, 20, percebeu que o pneu de seu Chevrolet Astra estava perdendo pressão. Para sua surpresa, o reparador disse que a roda -e não o pneu- estava furada.
"Em quase 20 anos de profissão, nunca tinha visto um caso como esse", confessa Wanderley Barea, consultor técnico da Itacolomy, que solicitou um laudo técnico da montadora.
A causa do vazamento de ar foi uma microfissura no interior da roda, decorrente de um defeito de fabricação. A roda foi substituída. (FELIPE NÓBREGA)

ONDE ENCONTRAR
Big Boys: 0/xx/11/6918-1359
Hyden Um: 0/xx/11/3864-1034
P4: 0/xx/11/5084-1350


Texto Anterior: Antecipada, linha 2009 chega com retoques
Próximo Texto: Conectividade: Ford lança sistema de som que conversa com celular
Índice