DO ENVIADO ESPECIAL AO GUARUJÁ

Um país ensolarado e com belas paisagens como o Brasil tem tudo para combinar com carros conversíveis. Contudo eles representam apenas 0,02% do mercado. Fatores como falta de segurança e baixo poder aquisitivo explicam porque a chuvosa Inglaterra conta com mais descapotáveis que nós. Por esses motivos as montadoras não investem no segmento.
Porém há exceções, e a Peugeot é uma delas. No Brasil, a marca oferece o 206 CC desde 2001. Agora chegou a vez do 307 CC. Lançado em 2003, o carro preserva a parte dianteira da versão hatch, mas a traseira é completamente diferente. Destaque para as lanternas com "leds" -que substituem as tradicionais lâmpadas- e apresentam formato diagonal.
O cabriolet, importado da França, é 14 cm mais comprido e 9 cm mais baixo que o modelo produzido na Argentina. Por dentro, poucas mudanças. O volante ganhou detalhes cromados e, como opcional, pode-se colocar acabamento de couro no painel. A Peugeot diz que quatro adultos conseguem viajar confortavelmente, porém basta sentar atrás para desmentir a otimista visão.
A abertura da capota é feita por meio de um botão localizado no console central, mas é necessário que o carro esteja a menos de 10 km/h. Todo o processo dura cerca de 25 segundos. Com a capota rebaixada, o porta-malas perde quase metade da capacidade -de 417 l para 232 l. Como equipamento de segurança, o carro oferece apoios de cabeça que se erguem em caso de capotamento.
O motor é o conhecido 2.0 de 138 cavalos. O câmbio pode ser manual de cinco velocidades ou automático seqüencial. Por ano, a fábrica espera importar entre 150 e 200 unidades. Porém, segundo Guillaume Couzy, diretor de marketing, "essa expectativa é modesta, já que a procura inicial indica uma demanda maior". O 307 CC custará a partir de R$ 130 mil. (LUCAS LITVAY)

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