São Paulo, domingo, 11 de julho de 2010

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Range Rover muda para ser mais "verde"

Versão 3.0 V6 tem desempenho de V8; índice de emissão de poluentes do modelo baixou, mas ainda é alto

Repaginado, o utilitário da Land Rover reúne capacidade para enfrentar a lama e interior luxuoso

TESTE FOLHA-MAUÁ

RICARDO RIBEIRO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O Range Rover é carro de um casamento. Não necessariamente porque leva noivas, mas porque reúne a robustez e a vocação "off-road" do Defender e o requinte e o conforto de modelos urbanos.
A união foi feita há 40 anos pela Land Rover, que, desde 2005, também fabrica a versão Sport, recém atualizada.
O destaque é o novo motor, desenvolvido para elevar o desempenho e reduzir o consumo de combustível e a emissão de poluentes.
Responsável por quase metade das vendas, o propulsor 3.0 V6 entrega 245 cv de potência e torque de um caminhão médio: 62 kgfm.
Precisa de apenas 9s para atingir 100 km/h, aponta o teste Folha-Mauá. Rápido para um veículo de 2.535 kg.
É o mesmo tempo da geração anterior do Range Rover Sport, testada em 2008, mas que usava um motor 3.6 V8.
Em retomadas, chega a ser 1s mais rápido. Partindo de 80 km/h, por exemplo, leva 7s para retornar a 120 km/h.
É que o novo, além da injeção direta de diesel, trabalha com um sistema de turbo-compressores paralelos e sequenciais, inédito em um motor com cilindros em "V".
Nas manobras do dia a dia ou em velocidade de cruzeiro na estrada, o motor trabalha apenas com o turbo-compressor primário.
O secundário é ativado automaticamente quando o motor atinge 2.500 rpm, aumentando a potência.
O novo câmbio automático continua com seis velocidades, mas está com as relações mais longas também para reduzir o consumo.
As trocas são suaves e precisas. No modo "sport", a caixa reconhece o estilo de cada condutor e se adapta a ele.
O Range Rover Sport roda até 9 km com um litro de diesel - o mesmo que um Ford Focus hatch 1.6. Na estrada, atinge quase 13 km/l.
O utilitário emite perigosos 243 g de CO2. Um índice alto, mas 8% menor que o do modelo antigo. A marca atende o limite para utilitários que será adotado na Europa em 2011, que é mais exigente que o usado no Brasil.
O máximo de lama que um Range Rover encontra é aquela rua de terra para a chácara de seu proprietário. Ainda que o motorista prefira o asfalto, o modelo é equipado para enfrentar o desafio.
A suspensão pode ser ajustada ao terreno. Basta girar um botão no console e escolher entre asfalto, lama, pedra, relva ou areia.
Em curvas, um sistema diminui a inclinação e reduz a velocidade quando ela é excessiva. Há ainda freios ABS e controle de estabilidade.

REALEZA
Segundo a Land Rover, sensores monitoram todas as atividades do veículo 500 vezes por segundo e, quando um risco é detectado, a eletrônica assume o controle.
O interior está mais requintado, com acabamento em couro e madeira. Os passageiros podem desfrutar de geladeira, TV e DVD, com telas independentes e fones para quem vai atrás.
A tela de LCD no painel também exibe a câmera de estacionamento, GPS e informações sobre o comportamento de eixos e suspensão.
O novo modelo ganhou faróis de LED e grade de duas barras com cromados.
O jipão inglês da Land Rover está mais esportivo, sem perder sua tradicional identidade, mesmo sob a tutela do grupo indiano Tata.
Já dá para imaginar como chegará a família real no casamento do príncipe William, previsto para este ano.

A Land Rover cedeu o Range Rover Sport para teste

INSTITUTO MAUÁ DE TECNOLOGIA
www.maua.br
0/xx/11/4239-3092


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