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Range Rover muda para ser mais "verde"
Versão 3.0 V6 tem desempenho de V8; índice de emissão de poluentes do modelo baixou, mas ainda é alto
Repaginado, o utilitário da Land Rover reúne capacidade para enfrentar a lama e interior luxuoso
TESTE FOLHA-MAUÁ
RICARDO RIBEIRO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O Range Rover é carro de
um casamento. Não necessariamente porque leva noivas,
mas porque reúne a robustez
e a vocação "off-road" do Defender e o requinte e o conforto de modelos urbanos.
A união foi feita há 40 anos
pela Land Rover, que, desde
2005, também fabrica a versão Sport, recém atualizada.
O destaque é o novo motor, desenvolvido para elevar
o desempenho e reduzir o
consumo de combustível e a
emissão de poluentes.
Responsável por quase
metade das vendas, o propulsor 3.0 V6 entrega 245 cv
de potência e torque de um
caminhão médio: 62 kgfm.
Precisa de apenas 9s para
atingir 100 km/h, aponta o
teste Folha-Mauá. Rápido
para um veículo de 2.535 kg.
É o mesmo tempo da geração anterior do Range Rover
Sport, testada em 2008, mas
que usava um motor 3.6 V8.
Em retomadas, chega a ser
1s mais rápido. Partindo de
80 km/h, por exemplo, leva
7s para retornar a 120 km/h.
É que o novo, além da injeção direta de diesel, trabalha
com um sistema de turbo-compressores paralelos e sequenciais, inédito em um
motor com cilindros em "V".
Nas manobras do dia a dia
ou em velocidade de cruzeiro
na estrada, o motor trabalha
apenas com o turbo-compressor primário.
O secundário é ativado automaticamente quando o
motor atinge 2.500 rpm, aumentando a potência.
O novo câmbio automático continua com seis velocidades, mas está com as relações mais longas também para reduzir o consumo.
As trocas são suaves e precisas. No modo "sport", a caixa reconhece o estilo de cada
condutor e se adapta a ele.
O Range Rover Sport roda
até 9 km com um litro de diesel - o mesmo que um Ford
Focus hatch 1.6. Na estrada,
atinge quase 13 km/l.
O utilitário emite perigosos 243 g de CO2. Um índice
alto, mas 8% menor que o do
modelo antigo. A marca
atende o limite para utilitários que será adotado na Europa em 2011, que é mais exigente que o usado no Brasil.
O máximo de lama que um
Range Rover encontra é
aquela rua de terra para a
chácara de seu proprietário.
Ainda que o motorista prefira
o asfalto, o modelo é equipado para enfrentar o desafio.
A suspensão pode ser ajustada ao terreno. Basta girar
um botão no console e escolher entre asfalto, lama, pedra, relva ou areia.
Em curvas, um sistema diminui a inclinação e reduz a
velocidade quando ela é excessiva. Há ainda freios ABS
e controle de estabilidade.
REALEZA
Segundo a Land Rover,
sensores monitoram todas as
atividades do veículo 500 vezes por segundo e, quando
um risco é detectado, a eletrônica assume o controle.
O interior está mais requintado, com acabamento
em couro e madeira. Os passageiros podem desfrutar de
geladeira, TV e DVD, com telas independentes e fones
para quem vai atrás.
A tela de LCD no painel
também exibe a câmera de
estacionamento, GPS e informações sobre o comportamento de eixos e suspensão.
O novo modelo ganhou faróis de LED e grade de duas
barras com cromados.
O jipão inglês da Land Rover está mais esportivo, sem
perder sua tradicional identidade, mesmo sob a tutela do
grupo indiano Tata.
Já dá para imaginar como
chegará a família real no casamento do príncipe William, previsto para este ano.
A Land Rover cedeu o Range Rover
Sport para teste
INSTITUTO MAUÁ DE TECNOLOGIA
www.maua.br
0/xx/11/4239-3092
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