São Paulo, domingo, 11 de agosto de 2002

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ELEIÇÕES 2002

Ciro, Lula e Serra fazem coro para sugerir a redução dos juros e apoiar um programa de renovação da frota

Candidatos dão receitas contra pátio cheio

ALADIM LOPES GONÇALVES E
JOSÉ AUGUSTO AMORIM
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Desconfiança na estabilidade, indústria superdimensionada, redução do poder aquisitivo e frustração na previsão de crescimento. Ouvidos pela Folha, os primeiros colocados na corrida ao Palácio do Planalto apontaram esses como os principais motivos da queda nas vendas de veículos e dos encalhes nas montadoras.
Apesar das divergências políticas, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Ciro Gomes (PPS) e José Serra (PSDB) apresentam algumas soluções comuns. Eles afirmam que a redução das taxas de juros incentivaria as vendas a prazo, mas que não é papel do governo desenvolver uma política de juros específica para o setor.
Outro ponto coincidente nos programas é a implantação da política de renovação da frota. Lula e Serra incentivariam, ainda, a produção de veículos a álcool.
Antes da alteração no IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), ele e o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) representavam 22% do preço dos "populares" e 37% dos carros com cilindrada maior. Lula considera a tributação adequada, e Serra avalia que ela represente "uma carga elevada".
Os candidatos de oposição são os que mais incentivam os veículos 1.0. Lula diz que poderia reduzir seus impostos. Ciro promete criar o ISC (Imposto Seletivo sobre o Consumo), que seria pago só pelos donos de carros de luxo.



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