São Paulo, domingo, 11 de setembro de 2011

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Divulgação de consumo seguirá norma única

Várias marcas publicam médias aferidas no exterior com gasolina pura, que rende mais

FELIPE NÓBREGA
DE SÃO PAULO

Em panfletos traduzidos, diversos importados se destacam pelo baixo consumo de combustível. Mas como grandes e potentes sedãs alemães, por exemplo, conseguem médias similares às de compactos "populares" nacionais?
Simples. Muitas empresas divulgam o desempenho de carros importados com base em testes aferidos no exterior, onde as condições de rodagem são distintas e a gasolina, mais pura, rende mais.
Mas esse tipo de prática está com os dias contados, prevê o Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial).
Isto porque o órgão promete publicar ainda neste mês uma portaria que obrigará os informativos sobre consumo a seguir o mesmo padrão de teste -a norma NBR 7024.
Toda publicidade de automóvel terá um ano para se adequar às novas regras.
O modelo exigido será o mesmo usado desde 2010 pelo Inmetro para estabelecer o índice de eficiência energética dos carros inscritos no Programa Brasileiro de Etiquetagem. O ingresso no PBE é voluntário e feito pelo fabricante do veículo.
"Já são 104 automóveis catalogados, e a normatização deve estimular a adesão de mais [carros]", prevê Marcos Borges, coordenador do programa -que passará por ajustes a partir de outubro.

NA CONCESSIONÁRIA
A primeira novidade, segundo a Folha apurou, será a obrigatoriedade do selo colado no vidro lateral do carro. Ele trará dados de consumo (urbano e rodoviário) e a classificação de eficácia em relação aos concorrentes.
A etiqueta continua semelhante à que informa a eficiência energética de eletrodomésticos. Até porque 70% dos consumidores confessaram ao Inmetro que se basearam em dados do selo para decidir qual modelo de geladeira ou fogão comprar.
O programa de etiquetagem veicular se subdivide em categorias. Além das oito existentes, haverá mais duas: a dos utilitários esportivos (4x2) e a das minivans.
A inclusão de dados de emissão dos veículos (Nota Verde) ficou para 2012, como previsto; será o primeiro passo para tornar o selo compulsório. Assim, até o fim da década, o governo terá um meio confiável para definir uma nova política de tributação, que privilegiará os mais "ecológicos", como na Europa.


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