São Paulo, domingo, 11 de novembro de 2007

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Nissan traz da Tailândia Frontier que fará no Brasil

Prevista para ser feita em 2009, picape conviverá com a atual, R$ 30 mil mais barata

João Luiz Oliveira/Divulgação
Com 5,22 m, a nova Frontier é 14 cm mais comprida que fabricada no Paraná


DO ENVIADO ESPECIAL A MOGI DAS CRUZES (SP)

Serão oito dias entre o início das vendas da Mitsubishi L200 Triton e a estréia da nova Nissan Frontier. E não é por acaso.
Apesar de o segmento de picapes médias apresentar crescimento inferior ao do mercado -9% ante 30% no acumulado de 2007-, as chamadas picapes "premium" nunca venderam tanto. E esse é o filão que está na mira de Mitsubishi e Nissan.
A Frontier chega no dia 23 -a Triton, no dia 15- com o apelo de ser "a mais potente da categoria" (172 cavalos). A mais potente a diesel, pois a Mitsubishi tem uma opção de motor V6 (seis cilindros em "V") a gasolina que gera 200 cv.
"Nos EUA e na Tailândia, de onde a Frontier é importada, há o motor V6, mas esse consumidor [no Brasil] ainda busca o propulsor a diesel", justifica Mário Furtado, gerente de marketing da Nissan.
O "receio" se justifica pelo o que aconteceu com o Pathfinder. A Nissan acreditava que o motor V6, de 266 cv, seria responsável por 40% das vendas do utilitário. Hoje, responde por apenas 20% do "mix".
Mas e a Frontier atual? Até o início de 2009 -quando a Nissan planeja produzir a nova no Paraná-, a atual continuará em produção e custará menos.
A nova Frontier parte de R$ 112.285 (câmbio manual de seis marchas) ou de R$ 118.285 (automático de cinco). Já a atual custa R$ 83.810, e saíram de linha as versões mais caras.
Segundo Arison Souza, diretor de marketing da Nissan, o fato de o modelo ser feito aqui não prevê queda de preço, mas tranqüiliza quem compra o importado: "É a garantia de que haverá peças de reposição".
Foi uma decisão de seis meses manter o nome Frontier, como já havia acontecido com as 200 unidades que foram trazidas da Espanha -EUA e Tailândia também fabricam a picape- em fevereiro deste ano para testar o mercado.
Elas custavam R$ 129 mil e traziam mais equipamentos, como teto solar e rodas de aro 17. Foram vendidas em seis semanas. Agora a Nissan quer mais: devem ser 400 unidades mensais, cem a menos que a Mitsubishi prevê para a Triton. (FABIANO SEVERO)


O carro foi cedido para avaliação pela montadora

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