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São Paulo, domingo, 12 de outubro de 2003

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SEGURANÇA

Por meio de antenas ou satélites, bloqueadores e rastreadores ajudam a recuperar até 95% dos carros desaparecidos

Saídas para combater furtos vêm do alto

ARMANDO PEREIRA FILHO
EDITOR-ASSISTENTE DE VEÍCULOS E CONSTRUÇÃO

Se o roubo do carro for inevitável, relaxe e aperte o botão de pânico. Essa é uma fórmula a que motoristas têm apelado para tentar recuperar seu patrimônio depois que o pior já aconteceu.
Bloqueadores e rastreadores prometem resgatar veículos furtados ou roubados em minutos. Também se propõem a agir contra sequestros e como "espiões" de maridos, mulheres e filhos, indicando onde estão seus carros.
Especialistas advertem que, diante das mais de cem opções do mercado, o consumidor precisa avaliar a qualidade, qual sua real necessidade e ter consciência de que, apesar dos bons resultados, nenhum sistema é infalível.
Segundo o instituto privado Cesvi (Centro de Experimentação e Segurança Viária), existem dois modelos básicos de recuperação eletrônica: os bloqueadores e os rastreadores. Em qualquer caso, o cliente compra o equipamento e paga uma taxa mensal. Os valores dos aparelhos vão de R$ 150 a R$ 8.600. As mensalidades custam entre R$ 15 e R$ 190.
Os bloqueadores são mais simples e baratos, mas têm a desvantagem da área limitada e de não informarem onde o carro está. Os rastreadores, mais caros, localizam e bloqueiam o veículo.
Os equipamentos são instalados num lugar que nem o motorista conhece. Se o carro for roubado, o dono liga para uma central e dá a ordem de bloqueio.

Seguro
Manoel Camassa, delegado titular da Delegacia de Furto e Roubo de Veículos de São Paulo, avalia que o índice de recuperação seja de 95%. Mas ele adverte para o uso do botão de pânico, que equipa alguns modelos. "Não gosto. O bandido pode ficar nervoso ao ver o motorista, apertar o botão e colocar a vida da vítima em risco."
O delegado alerta para um ponto fraco de algumas marcas. Se o ladrão desligar a bateria, o sistema também cai. É preciso ver se o aparelho tem força própria.
Luiz Pomarole, diretor de produto da Porto Seguro, diz que os clientes não deixam de fazer seguro por causa dos rastreadores. "Os equipamentos são bons, mas não são infalíveis", justifica.
Para o vice-presidente de automóveis da seguradora SulAmérica, Julio Avellar, os mais eficientes são os que usam GPS e celular.



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