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SEGURANÇA
Por meio de antenas ou satélites, bloqueadores e rastreadores ajudam a recuperar até 95% dos carros desaparecidos
Saídas para combater furtos vêm do alto
ARMANDO PEREIRA FILHO
EDITOR-ASSISTENTE DE VEÍCULOS E CONSTRUÇÃO
Se o roubo do carro for inevitável, relaxe e aperte o botão de pânico. Essa é uma fórmula a que
motoristas têm apelado para tentar recuperar seu patrimônio depois que o pior já aconteceu.
Bloqueadores e rastreadores
prometem resgatar veículos furtados ou roubados em minutos.
Também se propõem a agir contra sequestros e como "espiões"
de maridos, mulheres e filhos, indicando onde estão seus carros.
Especialistas advertem que,
diante das mais de cem opções do
mercado, o consumidor precisa
avaliar a qualidade, qual sua real
necessidade e ter consciência de
que, apesar dos bons resultados,
nenhum sistema é infalível.
Segundo o instituto privado
Cesvi (Centro de Experimentação
e Segurança Viária), existem dois
modelos básicos de recuperação
eletrônica: os bloqueadores e os
rastreadores. Em qualquer caso, o
cliente compra o equipamento e
paga uma taxa mensal. Os valores
dos aparelhos vão de R$ 150 a
R$ 8.600. As mensalidades custam entre R$ 15 e R$ 190.
Os bloqueadores são mais simples e baratos, mas têm a desvantagem da área limitada e de não
informarem onde o carro está. Os
rastreadores, mais caros, localizam e bloqueiam o veículo.
Os equipamentos são instalados
num lugar que nem o motorista
conhece. Se o carro for roubado, o
dono liga para uma central e dá a
ordem de bloqueio.
Seguro
Manoel Camassa, delegado titular da Delegacia de Furto e Roubo
de Veículos de São Paulo, avalia
que o índice de recuperação seja
de 95%. Mas ele adverte para o
uso do botão de pânico, que equipa alguns modelos. "Não gosto. O
bandido pode ficar nervoso ao ver
o motorista, apertar o botão e colocar a vida da vítima em risco."
O delegado alerta para um ponto fraco de algumas marcas. Se o
ladrão desligar a bateria, o sistema também cai. É preciso ver se o
aparelho tem força própria.
Luiz Pomarole, diretor de produto da Porto Seguro, diz que os
clientes não deixam de fazer seguro por causa dos rastreadores.
"Os equipamentos são bons, mas
não são infalíveis", justifica.
Para o vice-presidente de automóveis da seguradora SulAmérica, Julio Avellar, os mais eficientes
são os que usam GPS e celular.
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