São Paulo, domingo, 15 de maio de 2011 |
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros
Mini Countryman só tem a cara de mau Primeiro jipinho da marca inglesa esbanja simpatia, mas é preciso bom humor para aceitar suas excentricidades Motorista, por exemplo, não pode acompanhar, no grande velocímetro central, as arrancadas do compacto de 184 cv FELIPE NÓBREGA DE SãO PAULO O Countryman já nasce extravagante. Na dinastia Mini, chega como o primeiro "crossover" da marca, o único a ter portas traseiras e carroceria com mais de quatro metros. Mas não é isso que faz desse inglês o jipinho mais excêntrico ""e caro"" do mercado. Para amá-lo, velhos conceitos precisam ser jogados na lata do lixo, a começar pela mais básica definição de automóvel. Antes de ser meio de transporte, o Countryman é um belo brinquedo. Tanto que parece difícil alguém se aproximar dele sem deixar escapar ao menos um sorriso de canto de boca. Seja de aprovação pelo esforço contra a mesmice seja de ironia mesmo, já que o Mini abusa de formas hilárias. A moldura do GPS e das saídas de ar, por exemplo, imitam a silhueta da cabeça do Mickey. O item ainda abriga o velocímetro gigante, que lembra antigas balanças de farmácia, enquanto a alavanca do freio de mão é inspirada em manches de avião. Até as borboletas do câmbio no volante têm acionamento excêntrico. No Countryman, a parte externa também é personalizada. Há adesivos para os retrovisores e faixas coloridas que tatuam a carroceria. KART PARA CINCO A parte mais divertida da brincadeira é a de provocar os 184 cv do (novo) motor 1.6 com injeção direta de gasolina e turbo, desenvolvido pela BMW, dona da Mini. No teste Folha-Mauá, o jipinho de 1.470 kg mostrou ser tão rápido quanto o pequeno Cooper S, atingindo a marca de 100 km/h em 8s ""ainda que o consumo tenha sido 20% mais alto (9,1 km/l). Nas curvas, o teto alto e a posição elevada de dirigir não anulam a sensação de estar em um kart, com respostas diretas do volante, como nos Mini menores. Na versão topo, a ALL4, de R$ 144,7 mil (preço de Land Rover Freelander 3.2), a aderência tem auxílio da eletrônica. Destaque para o controle de estabilidade e para a tração integral, que distribuem a potência entre os eixos. Puro "off-road" urbano. O inconveniente, no entanto, é a suspensão extremamente rígida e os pneus 205/55 R17 de perfil baixo, que "copiam" demais as imperfeições do solo e dão vida a grilos ""a maioria dos rangidos vem do teto panorâmico. É o preço para quem quer desfilar num carrinho descolado de pé direito alto. Outra coisa: como todo brinquedo caro, o Mini não deve ser usado todos os dias, para não perder a graça, mesmo que as portas traseiras extras e o bom espaço no banco traseiro animem até a criançada a ir para a escola. A montadora cedeu o carro para teste INSTITUTO MAUÁ DE TECNOLOGIA 0/xx/11/4239-3092; www.maua.br Texto Anterior: Blindagem de série é rara até em 'premium' Próximo Texto: Foco: Por R$ 70 mil, nova versão de entrada do Cooper poupa mesmo é potência Índice | Comunicar Erros |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |