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São Paulo, domingo, 16 de março de 2003

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ESPORTIVOS

Avaliados na Itália, S60 R e V70 R conjugam desempenho e segurança

Volvo volta a apostar no emocional

JOSÉ AUGUSTO AMORIM
ENVIADO ESPECIAL A IMOLA

Faz 35 anos que a Mercedes-Benz criou a divisão esportiva AMG. Os brasileiros já conhecem os BMW M3 e M5. Além de S3 e S6, a Audi começa a vender neste ano o S4. No meio de todos, a Volvo traz de volta ao mercado sua linha R, "aposentada" há seis anos.
Apresentados no último Salão de Paris, o sedã S60 R e a perua V70 R contam com a tecnologia a seu favor para combater os concorrentes, mais potentes. O sistema Four-C checa os movimentos do carro e adapta a suspensão. O impressionante: as mudanças ocorrem 500 vezes por segundo.
Além disso, o motorista escolhe no painel se quer o modo Comfort, Sport ou Advanced. O primeiro faz o modelo "flutuar" no asfalto de tão macia que a suspensão fica. A opção esportiva é mais rígida, enquanto no modo avançado qualquer pedregulho faz os passageiros sacolejarem. A aposta no sistema é tamanha que o S80 também será equipado com ele.
Tudo isso aumenta a segurança de quem quer brincar de piloto e explorar ao máximo os 300 cavalos de potência que o motor 2.5 turbo gera. Mas prudência é sempre bom: "As leis da física estão aí, não há como eliminá-las", lembra Hans Nilsson, chefe do projeto R.
Outra exclusividade dos novos Volvo é o revestimento em couro natural nos bancos. No lugar da tinta, há apenas uma camada de laca. Mas nem mesmo a Volvo consegue prever se o consumidor brasileiro aceitará a novidade.

Emoção
Com a linha R, a empresa quer despertar o desejo de dirigir no consumidor. "Entre agosto e dezembro, devemos vender cerca de 20 S60 e cinco V70", estima Felipe Battistella, gerente de marketing da Volvo Automóveis. Faz parte da estratégia trazer cinco unidades do sedã com câmbio manual, que tem 40,8 kgfm de torque, contra 35,7 kgfm do automático.
Segundo dados de fábrica, o S60 R acelera de 0 a 100 km/h em 5,7s (transmissão mecânica) e 7,5s (automática). Para a V70 R, que não terá opção manual, o tempo é de 7,7s. Todos têm a velocidade limitada a 250 km/h.
O S60 R custará cerca de R$ 270 mil, e a perua, R$ 290 mil. Mas, se só a emoção não convencer o motorista, há razões objetivas: a Volvo é tida como a montadora mais segura, não tem fama de ser a favorita de emergentes e dá dois anos de manutenção gratuita.
A linha R também tem outro diferencial em relação aos modelos "normais": o desenho é ligeiramente diferente. As mudanças são funcionais. A nova frente melhora a aerodinâmica e resfria o motor de maneira mais eficiente.
Na traseira, um discreto aerofólio "prende" o carro ao chão 20% a mais que o original. "Não é o tipo de carro para chamar a atenção do vizinho", diz Anders Myrberg, que desenhou a linha R. No interior, o fundo dos mostradores azul e o uso de alumínio dão o toque esportivo.


José Augusto Amorim viajou a convite da Volvo Cars


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