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Toyota retoma venda de Corolla em MG após recall
Montadora assumiu defeito no tapete, como nos EUA; revendas dão bônus para não perder para a Honda
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A proibição da venda do Toyota Corolla em Minas Gerais
pela Justiça, que investiga casos de aceleração involuntária,
não tirou a liderança do modelo
entre os sedãs médios.
De acordo com concessionários, a montadora priorizou revendas de outros Estados durante os 15 dias de proibição
entre os meses de abril e maio.
"Tivemos mais unidades que
o normal na loja", afirma um
vendedor de Belo Horizonte,
que não quer ser identificado.
De acordo com concessionários de São Paulo, a montadora
aumentou a margem de desconto após a proibição em MG.
Com isso, o Corolla vendeu,
em abril, com oito dias de proibição, 4.790 carros - cerca de
1.000 a mais que sua média
mensal de emplacamentos,
aponta a Fenabrave.
O rival Honda Civic manteve
as 2.400 unidades mensais.
Na Europa, nos EUA e no Japão, a Toyota convocou um recall de 8,5 milhões de veículos,
que incluiu o Corolla, por defeitos no tapete e no acelerador.
A filial brasileira, porém, nega a correlação. Afirma que o
fornecedor do sistema de aceleração do Corolla feito em Indaiatuba (SP) é diferente do
dos Corolla americanos.
"Os componentes-alvo do recall no exterior não são usados
no Corolla e nos modelos Hilux
importados para o Brasil. Os
carros comercializados no país
estão livres do problema" afirmou Shozo Hasebe, presidente
da Toyota Mercosul.
No entanto, no último dia 2, a
Toyota convocou os Corolla
brasileiros fabricados após
abril de 2008 para verificação
dos tapetes, que, segundo a
montadora, poderiam travar o
acelerador repentinamente.
Processos
A venda do Corolla foi suspensa em 22 de abril por decisão do Ministério Público mineiro. O Procon de MG investiga três casos de acidentes por
aceleração involuntária.
Na semana passada, a Toyota
conseguiu uma liminar no Tribunal de Justiça de Minas, que
suspendeu a decisão do MP.
Segundo o desembargador
Pedro Carlos Bitencourt, foi
comprovado o risco na venda
do veículo, mas ele fica eliminado com a convocação do recall.
O caso será julgado novamente. Se revertido, a venda do
modelo pode ser suspensa novamente. A investigação do MP
não tem prazo para conclusão.
(RICARDO RIBEIRO)
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