São Paulo, domingo, 16 de maio de 2010

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Toyota retoma venda de Corolla em MG após recall

Montadora assumiu defeito no tapete, como nos EUA; revendas dão bônus para não perder para a Honda

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A proibição da venda do Toyota Corolla em Minas Gerais pela Justiça, que investiga casos de aceleração involuntária, não tirou a liderança do modelo entre os sedãs médios.
De acordo com concessionários, a montadora priorizou revendas de outros Estados durante os 15 dias de proibição entre os meses de abril e maio.
"Tivemos mais unidades que o normal na loja", afirma um vendedor de Belo Horizonte, que não quer ser identificado.
De acordo com concessionários de São Paulo, a montadora aumentou a margem de desconto após a proibição em MG.
Com isso, o Corolla vendeu, em abril, com oito dias de proibição, 4.790 carros - cerca de 1.000 a mais que sua média mensal de emplacamentos, aponta a Fenabrave.
O rival Honda Civic manteve as 2.400 unidades mensais.
Na Europa, nos EUA e no Japão, a Toyota convocou um recall de 8,5 milhões de veículos, que incluiu o Corolla, por defeitos no tapete e no acelerador.
A filial brasileira, porém, nega a correlação. Afirma que o fornecedor do sistema de aceleração do Corolla feito em Indaiatuba (SP) é diferente do dos Corolla americanos.
"Os componentes-alvo do recall no exterior não são usados no Corolla e nos modelos Hilux importados para o Brasil. Os carros comercializados no país estão livres do problema" afirmou Shozo Hasebe, presidente da Toyota Mercosul.
No entanto, no último dia 2, a Toyota convocou os Corolla brasileiros fabricados após abril de 2008 para verificação dos tapetes, que, segundo a montadora, poderiam travar o acelerador repentinamente.

Processos
A venda do Corolla foi suspensa em 22 de abril por decisão do Ministério Público mineiro. O Procon de MG investiga três casos de acidentes por aceleração involuntária.
Na semana passada, a Toyota conseguiu uma liminar no Tribunal de Justiça de Minas, que suspendeu a decisão do MP.
Segundo o desembargador Pedro Carlos Bitencourt, foi comprovado o risco na venda do veículo, mas ele fica eliminado com a convocação do recall.
O caso será julgado novamente. Se revertido, a venda do modelo pode ser suspensa novamente. A investigação do MP não tem prazo para conclusão. (RICARDO RIBEIRO)


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