São Paulo, domingo, 16 de outubro de 2011 |
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Importadores voltam a apostar em luxuosos após aumento do IPI Reajustes de estrangeiros chegam a 19% e modelos de entrada perdem competitividade frente aos 'nacionais' Preços podem subir mais com desembarque da linha 2012; corrida às lojas turbina vendas e reduz muito os estoques FELIPE NÓBREGA ENVIADO ESPECIAL AO RIO O decreto que aumentou da noite para o dia o imposto para carros estrangeiros completa um mês hoje. Após assimilarem a medida do governo, os importadores começam a redesenhar seus planos no Brasil. Marcas como Kia, Audi e Porsche já divulgam suas novas tabelas com reajustes que variaram de 6% a 19%, conforme a categoria do veículo. Há promessas de novos aumentos a partir da chegada da linha 2012 -a intenção é apressar o consumidor. Segundo a Abeiva (associação das importadoras), várias marcas ainda negociam com fornecedores e revendedores reduções nas margens de lucro antes de declarar seus percentuais de aumento. O ministério da Fazenda estima que o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) onere os preços em até 28% -automóveis fabricados na Argentina, no México ou no Uruguai estão isentos. Por isso empresas que trazem carros da Europa começam a focar modelos mais caros e sofisticados, sem rivais "nacionais" (inclui os trazidos do Mercosul e taxados como os carros brasileiros). O Mini Coupé chega ao país um mês após ser lançado na Alemanha. Por ter motor turbo e carroceria esportiva, seu preço parte de R$ 134 mil -o dobro do valor do Cooper de entrada, que perderá competitividade com o reajuste (veja outros casos ao lado). Já a Audi mostrou na semana passada o luxuoso sedã A6, de R$ 313 mil. Nos próximos dias é a vez do invocado Peugeot RCZ desembarcar para ser o modelo mais caro e potente da marca por aqui. RECORDE DE VENDAS Enquanto as vendas de carros nacionais em setembro recuaram 8,4% em relação ao mês anterior, as de importados deram um salto: 7,5%, informa a Fenabrave (federação das concessionárias). "Para aproveitar os estoques com o IPI anterior, muitos consumidores anteciparam a compra", explica Martin Fritsches, executivo da BMW. O jornalista viajou a convite da Mini Texto Anterior: Chrysler também passa por reestruturação no mundo Próximo Texto: Propaganda: Por 'Sem Ipi' em 'nacional' é ludibrioso Índice | Comunicar Erros |
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