São Paulo, domingo, 17 de julho de 2011

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Marcas 'premium' querem o grande público

Em cinco anos, versões de entrada de sedãs de luxo ficaram até R$ 56 mil mais baratas

DE SÃO PAULO

Preste atenção nas concessionárias de marcas de luxo alemãs. No espaço reservado aos carros usados, já figuram sedãs médios japoneses e utilitários esportivos coreanos.
É o resultado da nova estratégia das montadoras, que mexeram nos pacotes e preços para atrair um novo público com a valorização do real diante do dólar.
Antes, Mercedes e BMW traziam para o Brasil apenas as versões mais equipadas de seus sedãs, com margens de lucro elevadas. As vendas minguadas justificavam os preços. Agora, carros menos requintados, mas de fina estampa, atingem números significativos no mercado.
Hoje, o Mercedes C180 zero quilômetro custa a partir de R$ 116,9 mil. Já o BMW 320i sai por R$ 113,5 mil. A diferença já não é tão assustadora em comparação a um Toyota Corolla Altis (R$ 86,5 mil) ou a um Kia Sportage automático (a partir de R$ 87,9 mil).

COURO SINTÉTICO
Há cinco anos, o BMW 320i custava R$ 169,5 mil -nada menos que R$ 56 mil a mais que hoje. Já o preço do C180 começava em R$ 147 mil.
Para bancar os novos valores, é preciso fazer concessões. O acabamento continua de primeira, porém com materiais mais simples. Tanto no Mercedes quanto no BMW, o couro dos bancos é sintético.
Alguns equipamentos já corriqueiros em sedãs médios não estão presentes, como os sensores de estacionamento.
Os clientes morderam a isca. No primeiro semestre deste ano, a BMW emplacou 948 sedãs 320i. No mesmo período, 2.258 Mercedes C180 foram vendidos. Entre janeiro e junho de 2006, tais versões, somadas, registraram apenas 320 emplacamentos (dados da Fenabrave).
De olho no novo cliente, a Mercedes colocou em seu site uma calculadora de financiamento. Dá para simular parcelamentos em até 60 prestações, com ou sem entrada.
A sueca Volvo quer entrar na festa alemã: acaba de lançar duas novas versões do sedã S60. A mais em conta, T4, com motor 1.6 turbo (180 cv), custa R$ 102,9 mil. Em 2006, a geração passada era vendida por, no mínimo, R$ 159 mil. (EDUARDO SODRÉ)


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