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São Paulo, domingo, 18 de maio de 2003

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Em comum, consumidor de C3 e Fit só tem o tamanho do bolso

Fernando Moraes/Folha Imagem
Apesar de configurações diferentes, Citroën C3 (à dir.) e Honda Fit têm dimensões muito próximas; o Fit, porém, oferece mais espaço interno e porta-malas que leva 75 l a mais


Citroën oferece seu hatch por um preço a partir de R$ 32.350, enquanto o monovolume da Honda custa no mínimo R$ 33.960; públicos dos "compactos premium" são distintos

JOSÉ AUGUSTO AMORIM
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Duas das mais importantes novidades do mercado automobilístico previstas para 2003 chegam às revendas neste mês. São motores e propostas diferentes, mas faixa de preço semelhante. Honda Fit e Citroën C3 custam entre R$ 32 mil e R$ 40 mil. Além disso, os dois são o segundo modelo das marcas a ser feito no Brasil.
O Fit, que já está sendo vendido, é um monovolume que usa motor 1.4 de 80 cv (cavalos) e 11,8 kgfm. "Ele tem uma versatilidade que o C3 não tem", reconhece Sergio Habib, presidente da Citroën do Brasil. Ele se refere ao sistema de bancos do carro, que proporciona dez combinações diferentes.
Outra boa nova do Fit é ser o primeiro nacional com opção de câmbio CVT -sigla, em inglês, para transmissão continuamente variável. Para a Honda, sua função é otimizar potência e torque (força). Funciona como se fosse uma transmissão com relações quase infinitas de engrenagens.
Por sua vez, a Citroën aposta no lado fashion do C3 para conquistar o mercado. Nas revendas, a promessa é ter até um espaço diferente para atender os futuros clientes -na expectativa da fábrica, principalmente jovens que estão começando a ganhar dinheiro e não dispensam uma balada.

"Premium"
O C3 é um hatchback (sem porta-malas saliente) que usa o já conhecido motor 1.6 16V de 110 cv e 15,6 kgfm -também feito em Porto Real (RJ), é o mesmo dos Peugeot 206 e 307. O carro estará nas autorizadas no final do mês.
Os dois lançamentos chegam recheados de equipamentos. O Fit LX custa R$ 33.960, com direito a pintura metálica ou perolizada, airbag (bolsa de ar que infla em batidas) para motorista, ar-condicionado, trio elétrico e alarme. O câmbio CVT custa R$ 3.540.
A versão topo de linha (LXL) sai por R$ 36,6 mil e vem também com airbag para passageiro, freios ABS (antitravamento), EBD (distribuição eletrônica da frenagem) e rodas de liga leve. Nesse caso, a diferença para a transmissão automática é de R$ 3.380.
A montadora não oferece nenhum opcional. Se o comprador quiser, ele terá à disposição nas concessionárias 27 acessórios, como as rodas de liga leve para a versão de entrada ou o toca-CDs.
A Citroën preferiu tirar alguns equipamentos para deixar o C3 mais barato na tabela. A versão GLX, de R$ 32.350, traz freios com ABS, EBD e AFU (assistência à frenagem de emergência) e banco do motorista com regulagem de altura. Mas os principais itens de conforto precisam ser pagos à parte. Com ar-condicionado, pintura metálica e airbag duplo, passa a custar R$ 35.950.
É quase o mesmo preço do C3 Exclusive (R$ 36.590), que já vem com ar, apoio de braço no banco dianteiro, mesas como as de avião para passageiros traseiros e retrovisores elétricos. Mesmo assim, airbag é um opcional de R$ 900.

Ares do Sul
Registre-se que o ar-condicionado será quase obrigatório -a estimativa é a de que só 10% dos carros não o tenham, e esses C3 serão destinados principalmente aos Estados do sul do país. Por mais R$ 900, o hatch pode ter detector de obstáculos traseiros.
As previsões das fábricas indicam que haverá mais Fit nas ruas. A Honda espera vender 25 mil carros por ano, enquanto a Citroën prevê a comercialização de mil unidades a cada mês.


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