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São Paulo, domingo, 18 de maio de 2003

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Modelo da Renault sai por mais de R$ 150 mil, usa cartão no lugar da chave e é um dos que mais protege passageiros

Tecnologia e segurança encarecem Laguna

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Não é tarefa das mais fáceis vender um carro que, importado para o Brasil, custa mais de R$ 150 mil. Dificuldade maior está no diminuto segmento que comercializa apenas 7.500 veículos a cada ano. É nesse meio que a Renault quer emplacar 300 unidades da segunda geração do Laguna.
A solução, então, é oferecer algumas exclusividades, como um cartão no lugar da chave. Basta colocá-lo numa espécie de fenda no painel e apertar um botão para o motor ligar ou desligar. Ah, os manobristas costumam perguntar se o motorista levou a chave.
O comprador também leva para casa segurança. Próximo de ganhar cinco estrelas no crash-test da EuroNCap (entidade de segurança veicular européia), a Renault melhorou os equipamentos do Laguna para que ele fosse o primeiro modelo a receber a cotação máxima da entidade.
Ele tem seis airbags (bolsas de ar que inflam em batidas), corte de combustível em caso de acidente, estrutura de carroceria reforçada e um dispositivo que faz airbag e cinto de segurança funcionarem juntos. Isso sem falar em freios ABS (antitravamento), EBD (distribuição eletrônica da força de frenagem) e AFU (assistência à frenagem de urgência).

No banco de trás
Os números aferidos pela Folha e pelo IMT (Instituto Mauá de Tecnologia) mostram que o Laguna proporciona uma certa diversão a quem gosta de usar o pé direito. A aceleração de 0 a 100 km/h acontece em 10,33s. O Citroën C5, que usa o mesmo propulsor 3.0 V6 de 210 cv, precisa de 9,37s.
Em 2002, o C5 teve a melhor retomada de 60 a 120 km/h entre os carros testados no ano, com a marca de 8,08s. O Laguna, também em "drive", levou 10,77s.
No consumo, os dois franceses praticamente empatam. Enquanto o Laguna registra média de 6,6 km/l na cidade, o C5 roda 200 metros a mais. Na estrada, porém, a vantagem se inverte: 11,6 km/l do Renault contra 11,4 km/l.
Para quem viaja no banco de trás, o Laguna não figura entre as melhores opções do mercado. Apesar de oferecer cortinas pára-sol no vidro traseiro e no das portas, o espaço para cabeça é reduzido por conta da curvatura do teto.
Além disso, é de estranhar que um carro de R$ 154.150 (vendas pela internet) não apague as luzes do carro quando o motor é desligado -há uma voz de alerta com sotaque de Portugal. Também pesa contra o Laguna o fato de só ter duas opções de cores. O C5, que custa R$ 140.140, tem seis.
(JOSÉ AUGUSTO AMORIM)


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