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peças & acessórios
Só 5 das 35 montadoras usarão etiquetas
Inmetro e governo lançam programa de selo facultativo de racionamento de consumo, como nas geladeiras
Diego Padgurschi/Folha Imagem
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Paulo Skaff, presidente da Fiesp, mostra a etiqueta colada no vidro lateral traseiro; aferição de consumo só é feita em laboratório, e resultado diverge dos testes reais
DA REPORTAGEM LOCAL
Das 35 montadoras no país,
apenas 5 aderiram ao Programa Brasileiro de Etiquetagem
Veicular. Ainda assim, só 31
modelos foram catalogados, divididos em cinco categorias:
sub-compacto, compacto, médio, grande e comerciais leves.
A baixa adesão tem explicação. De acordo com as normas
do programa, ao decidir participar, a montadora precisa estampar os dados de consumo e
de eficiência energética do veículo no manual do proprietário
e nas concessionárias.
Já a etiqueta informativa
com os dados, que motivou o
programa e deveria ser pregada
no vidro do carro, virou opcional. A proposta inicial era que o
adesivo não poderia ser retirado do carro zero-quilômetro
antes de ele deixar a revenda.
Na cerimônia que marcou o
início do programa, anteontem,
só a Kia e a Volkswagen confirmaram que irão pregar o decalque nos carros participantes.
A etiqueta é semelhante à
que informa o consumo de
energia elétrica de geladeiras.
A tabela veicular com o resultado dos testes pode ser consultada também no site do Inmetro (www.inmetro.gov.br).
Ela será atualizada anualmente, sempre em outubro.
A Fiat, a Honda e a Chevrolet, que também aderiram ao
programa, ainda não sabem
quando irão iniciar o processo
de etiquetagem.
A expectativa é que a adesão
aumente gradativamente, até
por pressão do consumidor.
"Foi assim em outros países", lembra Mozart Queiroz,
gerente de desenvolvimento
energético da Petrobras. Mas
só no Japão, na China e nos
EUA o selo é obrigatório.
Laboratório
Para seguir um padrão de
medição, os testes veiculares de
consumo de combustível, tanto
urbano como rodoviário, são
aferidos em laboratório.
"No trânsito real, as médias
tendem a ser piores", alerta
João Jornada, presidente do
Inmetro. Aspectos como qualidade do combustível e pressão
dos pneus podem influenciar
negativamente no consumo.
Para que os dados divulgados
na etiqueta veicular não sirvam
apenas como um fator de compra, a rede de concessionárias
Volkswagen planeja instruir o
comprador do automóvel com
técnicas de direção eficiente,
para que ele consiga otimizar o
consumo e diminuir a emissão
de gases poluentes na atmosfera.
(FELIPE NÓBREGA)
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