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BOAS MANEIRAS
Não há gratificação padrão para manobristas ou frentistas
Polêmica sobre gorjetas divide "gurus" da etiqueta
GLENDA PEREIRA
da Reportagem Local
Dar ou não gorjeta? Segundo
definição do dicionário "Aurélio", gorjeta nada mais é do que
"uma pequena importância em
dinheiro que se dá a alguém cujo
serviço nos parece satisfatório".
Não é obrigatório, mas é deselegante não dar gorjeta ao manobrista do restaurante ou ao frentista do posto de gasolina?
Segundo a jornalista Celia Ribeiro, é uma "tremenda falta de
elegância". "A gorjeta é um sinal
de reconhecimento a um bom
serviço. Se você não der, é uma
forma de agressão", explica.
Já a jornalista Cláudia Matarazzo não acha feio ou deselegante,
mas faz ressalvas. "Tudo bem se
você não tiver trocado um dia,
mas, se você costuma frequentar
sempre um restaurante, é legal
dar mais vezes do que não dar."
Sem tradição
Como o Brasil não tem tradição
de gorjetas, não existe uma quantia certa nem um indexador econômico que ajude na hora de tirar
uma nota da carteira.
"Considero R$ 2 um bom patamar e acho uma grande bobeira
aumentar a gorjeta porque o restaurante é fino. A manobra num
lugar caro ou barato é a exatamente a mesma", diz Cláudia.
"Mas regular gorjeta estando
com um carro importado é ser
muito pão-duro." Celia rebate:
"Eu nunca daria R$ 1 ou R$ 2 num
lugar sofisticado. Jamais deve ser
dado menos de US$ 1. Mas R$ 5 é
uma boa quantia".
Rodrigo Veronese, 29, ator -"Quando sou superbem tratado, dou gorjeta com o maior prazer. Mas, se intimarem, não dou mesmo. Num restaurante bacana, dou R$ 3 ou R$ 5, dependendo da grana que tiver no bolso. Num posto de gasolina, nunca deixo de retribuir. Mas dificilmente tenho dinheiro trocado. Ando mais com cheque ou cartão de crédito. Não me sinto obrigado a dar gorjeta porque tenho um carro importado (Chrysler Neon)".
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