São Paulo, domingo, 20 de março de 2011

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Simples, Duster vai encarar Eco de "luxo"

Jipinho da Renault chegará no momento em que a Ford desenvolve um utilitário global mais sofisticado e caro

Versão brasileira do Duster terá mudanças na parte dianteira e no acabamento interno, diz presidente da Renault

DO ENVIADO ESPECIAL A PARIS

Não procure por botões que você não vai achar no Duster. O que o motorista à primeira vista vê no console é o que de fato existe.
Se você reparar, há economias próprias de quem opta por espaço em vez de sofisticação. Exemplos: 1) as teclas dos vidros elétricos dianteiros estão no console central, o que bane fiações das portas. 2) No painel, não há indicação de seta à esquerda ou à direita; o indicador pisca como se fosse pisca-alerta. 3) Não há forração nas portas para os cotovelos e nem forro rígido ou retrátil para o porta-malas.
Parecem pequenos detalhes, mas só assim é possível construir um jipinho de 12 mil para o mercado europeu.
Por causa da Europa, aliás, o Duster vem com ESP. Em meio a tanto plástico duro, é gratificante descobrir que há controle de estabilidade para ajudar em curvas.
Talvez por ter ESP o Renault não precise ser tão sincero como o EcoSport, que traz aquele adesivo "risco de capotamento" no para-sol.

ESPAÇO DE SOBRA
O Duster é estável o suficiente para não fazer os três adultos no banco de trás balançarem tanto em curvas.
Se balançarem, também, não tem problema: há ótimo espaço interno para ombros, pernas e cabeça -o que não acontece no jipinho da Ford.
A explicação é simples: o Duster é maior que o EcoSport em absolutamente tudo.
O comprimento de 4,31 m excede o Ford em 7 cm. Em entre-eixos, a diferença é maior: 18 cm. Daí a razão para o melhor espaço interno. Melhores também são os ângulos de entrada (30) e de saída (35) -devem ignorar as benditas valetas de SP.
A Renault não quis revelar detalhes de motorização. Na Europa, o "motor-chefe" é um coerente 1.5 turbodiesel (da versão testada) de 110 cv. Há ainda um 1.6 16V a gasolina (105 cv), que no Brasil será "flex" e com 112 cv.
A Dacia também oferece tração 4x4 por demanda -e bloqueio 50/50 nos dois eixos. Mecanismo idêntico ao do EcoSport 2.0 4WD, que tem vendas baixas no Brasil.
O presidente da Renault, Jean-Michel Jalinier, confirmou apenas que o Duster feito em São José dos Pinhais (PR) terá alterações na dianteira (em especial, na grade) e no acabamento interno.
Se melhorar bastante, pode concorrer não só com o EcoSport mas também com o Citroën Aircross, o maior sucesso da marca nos últimos anos. (FABIANO SEVERO)

A Renault cedeu o carro para avaliação


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